Altitude Software revela estratégia
Em 2007, a Altitude Software respondeu por um volume de negócios de 25.724 milhões de euros , 81% do qual realizado fora de Portugal.
Fundada em 1992 por Carlos Quintas, a Altitude conta hoje com 250 colaboradores dispersos por 20 nacionalidades diferentes. O que tem ditado a sua expansão, não só de serviços mas também física. Sedeada em Lisboa, onde se encontra o seu centro de Investigação e Desenvolvimento, detém subsidiárias em 13 países, entre Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, Brasil, México, EUA, Canadá, Dubai, Israel, Índia, Filipinas e Singapura. Além de ter escritórios de representação na República Popular da China, Argentina e Colômbia.
Após a aquisição por um consórcio de investidores liderados pelo actual Presidente da empresa, Gastão Taveira, a Altitude Software prosseguiu o esforço de investimento em I&D, que representa mais de 20% da facturação.
Apesar dos valores de facturação e do ritmo de crescimento, Miguel Araújo Lopes, vice-presidente, marketing e gestão de vendas da Altitude Software não defende, para já, a entrada em Bolsa. E explica: «Na nossa área de mercado a tendência tem sido o oposto: as empresas cotadas como a Nortel têm visto o seu preço de acção ser dizimado (-90% num ano) ao contrário dos seus peers como Avaya, que foram de novo compradas por capitais de risco para ficarem privadas, e que conseguem melhor resistir à fúria das volatilidades excessivas».
À semelhança de outra famosa empresa informática, a Altitude Software nasceu numa “garagem”, mas junto à Estrada da Luz em Lisboa…
… na altura era uma empresa de desenvolvimento de software para empresas de leasing financeiro, chamada SSF. Esta equipa começou por reunir algumas das melhores cabeças saídas dos poucos cursos de informática existentes em 1989. A SSF criou o Lease, uma suite de ERP para empresas de Leasing, antes dos ERP’s terem chegado a Portugal e ainda hoje se pode constatar que nessa área as empresas que a SSF gerou mantêm cerca de 70% da quota de mercado.
Mas o mais interessante estava para vir: Ao desenvolver um criativo projecto de investigação da ligação entre software de gestão e centrais telefónicas, a empresa conquistou o interesse de alguns dos maiores bancos do Brasil, a partir dum congresso em que a empresa foi apresentar esta tecnologia como uma solução para automatizar as cobranças via telefone. Nessa altura, o então Banco Nacional do Brasil, ao ouvir falar destas soluções decidiu avançar com uma aposta na solução da empresa.
A partir da primeira aposta ganha e de alguns projectos implementados, nasceu a Easyphone, percursora da Altitude. Foi esta empresa que nos anos 90 foi crescendo com o investimento em soluções e em tecnologia inovadora, ainda que lhe faltasse alguma maturidade na gestão global. No mesmo período, a Altitude criou uma empresa de serviços de call center (na altura chamada Plurimarketing, actual Teleperformance Portugal) que permitiu ganhar muita experiência sobre as necessidades tecnológicas e de negócio dos clientes dos produtos da Altitude.
Ainda hoje a empresa mantém a sua base accionista 100% portuguesa!
Sim, nos seus centros de decisão accionista e de investigação e inovação tecnológica, mas quando se tem 260 colaboradores, com metade fora de Portugal e de 22 nacionalidades, é no mínimo uma multinacional nascida em Portugal.
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