Sector dos brinquedos perde 9,4 milhões de euros até Junho

O primeiro semestre deste ano foi de perdas para a indústria dos brinquedos em Portugal: dados da GfK apontam para uma quebra de 9,4 milhões de euros até Junho. Trata-se de uma descida de 19% em relação ao mesmo período do ano passado.

Um dos principais motivos será a queda acentuada de brinquedos na época da Páscoa, que costuma ser uma das mais importantes do ano, especialmente do primeiro semestre. Recorde-se que, neste período, a grande distribuição – como hiper e supermercados – não podia vender brinquedos devido às restrições na sequência da pandemia, ficando esta compra reservada às plataformas de comércio electrónico.

Segundo a GfK, a tendência negativa verificou-se em todas as categorias de brinquedos, com excepção de “Electrónicos”. As categorias de “Bonecas”, “Jogos & Puzzles” e “Figuras de Acção” registaram as maiores quedas: -33%, -26% e -23%, respectivamente.

Os mesmos dados mostram que “Construções” foi a categoria com a queda menos significativa, passando a ser a que tem maior peso em Portugal: 17,1%, que compara com 14,5% no primeiro semestre de 2020. Por outro lado, “Bonecas” perde a coroa, caindo de 19% para 15,8%.

Quanto ao preço médio de mercado, nota-se um aumento de 1,6%, atingindo os 11,9 euros. A GfK alerta, contudo, que não é este o cenário em todas as categorias: enquanto o preço médio das categorias “Veículos” e “Construções” aumentou, em “Bonecas” e “Infantil & Pré-Escolar” diminuiu.

Verifica-se ainda que o mercado licenciado continua a perder relevância no mercado nacional, recuando 24%. Entre Janeiro e Junho, representou 21% do mercado, o que compara com os 23% de 2020. Desde 2016, quando o peso era de 27%, que a trajectória tem sido descendente.

A GfK Portugal, que audita o mercado de brinquedos desde 2014 e que apresenta uma cobertura aproximada de 90%, analisou mais de duas mil lojas, entre supermercados, especialistas em brinquedos ou cadeias de electrodomésticos, entre outros.

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