Ciberataques no mundo do gaming disparam e ultrapassam um milhão

A pandemia e o confinamento fizeram com que os cidadãos se virassem mais para a televisão, para a internet e para os videojogos. Fechados em casa, encontraram nestas tecnologias uma forma de escapar da realidade, mas essa tendência não passou despercebida aos cibercriminosos.

Os dados mais recenes da Kaspersky mostram que, após um declínio no início deste ano, o número de ataques que envolvem o mundo do gaming voltou a aumentar: 1.125.010 em Abril, o que representa um salto de 34% face ao mês anterior. Já em Maio, os ataques recuaram um pouco, ficando abaixo da marca de um milhão, mas ainda num cenário preocupante.

“À medida que os jogos online se tornam cada vez mais populares, os cibercriminosos vão desenvolvendo novas formas para explorar esta tendência a fim de lucrarem com as mesmas”, indica a Kaspersky em comunicado.

No ano passado, o Minecraft foi o jogo mais utilizado em ataques online associados ao universo dos videojogos. Já este ano, o Counter Strike: Global Offensive salta para a dianteira, sendo agora o isco preferido dos piratas informáticos.

As ameaças mais comuns são Trojans (ficheiros maliciosos que permitem aos cibercriminosos ter autonomia total, desde apagar e bloquear dados até interromper o desempenho do computador) com malware disfarçado de versões gratuitas, actualizações ou extensões.

Segundo Maria Namestnikova, chefe da equipa global de Investigação e Análise (GReAT) da Kaspersky na Rússia, verifica-se actualmente um «número sem precedentes de gamers em todo o mundo», cerca de três mil milhões. «Naturalmente, isto significa que os cibercriminosos vão continuar interessados na indústria e, visto que cada vez mais pessoas estão a jogar nos seus dispositivos de trabalho, tal também coloca em risco os recursos das empresas», alerta a responsável.

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