AdvanceCare: Pensar, reorganizar e inovar
A pandemia de Covid-19 obrigou a uma nova abordagem das empresas a toda a situação, com novas estratégias, internas e externas, a fim de se adaptarem a esta realidade.
No caso da AdvanceCare, a responsabilidade é acrescida, ou não tivesse a empresa a responsabilidade de continuar a garantir a protecção dos seus clientes.
Assim, logo em Março, a companhia activou o seu plano de continuidade de negócio em todas as áreas, garantindo um total alinhamento da empresa desde o começo da pandemia no País. O regime de teletrabalho foi alargado à quase totalidade da empresa, tendo ainda sido implementadas medidas como a criação de linhas de apoio clínico e psicológico para os seus colaboradores. A AdvanceCare apostou também na agilização dos processos administrativos, contratou consultas online e, em alguns casos, acelerou o pagamento das facturas. A lista é longa, assegura Ester Leotte, directora de Marketing da AdvanceCare, mas, numa época de incerteza, há algo que é claro. «Estamos muito orgulhosos pela resposta que as nossas equipas têm conseguido dar», afirma a responsável.
Para encarar os próximos meses, a responsável assegura que a AdvanceCare está preparada para dar resposta às necessidades dos clientes, bem como, enquanto empresa, aproveitar o momento para potenciar o desenvolvimento e crescimento do negócio.
A Covid-19 tem obrigado as empresas a novos desafios. De que forma a AdvanceCare se tem adaptado aos mesmos?
O momento que vivemos obrigou-nos a repensar e reorganizar a nossa forma de viver e trabalhar e a adaptação tem sido feita não perdendo o foco no que é o nosso core: a saúde, a prevenção e a protecção de todos: colaboradores, clientes e prestadores. Assim, e desde o início da pandemia, que temos estado focados no reforço de medidas que protejam, por um lado, a saúde de todos e, por outro, garantam a qualidade do serviço que prestamos. Foi nesta perspectiva que temos vindo a adoptar diversas medidas, alicerçadas em três vectores: protecção dos nossos colaboradores, foco nos clientes e na prestação de serviços relevantes no contexto actual e apoio aos prestadores de cuidados de saúde.
Numa perspectiva anímica, como se encontram as equipas e como estão estas a encarar o teletrabalho?
As nossas equipas, apesar da incerteza e da vulnerabilidade normal que sentem nesta fase, estão motivadas e focadas em prosseguir com o seu propósito de cuidar da saúde das pessoas. Temos feito o esforço de manter todos unidos, com o mesmo nível de informação e com constantes momentos de partilha para que nos motivemos uns aos outros no longo caminho que temos ainda pela frente.
Quanto ao teletrabalho, este já era uma realidade em quase todas as áreas operacionais da AdvanceCare há alguns anos. Ainda assim, foi uma novidade para muitos colaboradores que se adaptaram muito depressa, com toda a maturidade e solidez que esta equipa tem. Desde meados de Março que estamos com 98% da empresa a trabalhar remotamente, sem que se note diferença no serviço que entregamos. E, nesta fase, conseguimos ainda lançar alguns serviços novos, importantes para os nossos stakeholders.
Um desses serviços consistiu no lançamento de consultas online de nutrição e psicologia. O que motivou essa decisão?
A ideia surge da necessidade e de sermos uma empresa “client-centric”. Estamos todos a viver um momento difícil e novo, onde precisamos de orientação para as coisas mais fundamentais da nossa vida como o nosso bem-estar físico e psicológico. Começámos pela nutrição e pela psicologia por estas nos parecerem as mais prementes para os nossos clientes, mas veremos como as pessoas respondem e o que teremos de adaptar. São os clientes que fazem a oferta e não o contrário, pelo que serão os clientes a trazer novas ideias e orientações, as quais acolheremos sempre que estiver ao nosso alcance.
A epidemia foi uma oportunidade para activar a telemedicina?
Nesta fase da pandemia, o serviço de consultas online torna-se ainda mais relevante, já que permite a assistência médica sem saídas de casa, sem a necessidade de recorrer aos serviços de saúde “físicos”, oferecendo a protecção devida, tanto às equipas clínicas, como aos clientes. O nosso serviço inclui a prescrição de medicamentos enviada através de SMS ou email. E pode ser acompanhado do serviço de entrega de medicamentos em casa.
As consultas online são também um meio útil de sinalização de casos suspeitos de Covid-19. Os profissionais de saúde a trabalhar nas consultas online estão alinhados com as normas e orientações da Direcção-Geral da Saúde (DGS), comunicando os casos suspeitos e procedendo à sua orientação para os canais e circuitos definidos pelas autoridades de saúde. Este serviço, lançado em 2017, registou agora a maior procura de sempre, com um crescimento de 1200% no último mês.
Outra das apostas foi a plataforma AdvanceCare LINK, destinada a profissionais de saúde…
Esta plataforma veio permitir aos médicos e profissionais de saúde continuarem a fazer as suas consultas ou sessões de acompanhamento à distância e com vídeo, garantindo assim a proximidade que os pacientes precisam, de forma segura e simples. O AdvanceCare LINK é uma plataforma que todos os profissionais de saúde podem utilizar, independentemente do local onde e com quem trabalham. Basta fazerem o registo na plataforma. O objectivo é ser totalmente inclusiva para todos aqueles que, nesta fase de pandemia, pretendem continuar a tratar da saúde da população, ainda que de forma remota. E, nesse sentido, a sua utilização é gratuita.
Qual é, neste momento, a maior preocupação para o futuro e para a retoma?
A nossa maior preocupação é, e será sempre, a saúde das pessoas. Esse é o nosso propósito pelo que o foco será, antes de tudo, trabalhar para que colaboradores, clientes e parceiros se mantenham saudáveis e protegidos. Depois vem o negócio e a retoma da actividade. E aqui a maior preocupação será darmos passos seguros e prudentes, evitando riscos desnecessários. A nossa actividade (e a experiência anteriormente acumulada) permite-nos realizar a maior parte da nossa actividade de forma remota, pelo que deveremos dar “um passo de cada vez” no que diz respeito ao regresso ao escritório.
Quais as perspectivas para os meses que se seguem?
Este vai ser certamente um ano atípico pelo contexto que estamos a viver. De qual–quer forma, estávamos a desenvolver algumas novidades para os nossos clientes, integrados na nossa visão estratégica denominada “Saúde 4.0”, e esses projectos continuam a avançar de forma decisiva.
Será, portanto, um ano de concretização e realização de projectos estratégicos, entre os quais a total reformulação da nossa presença digital. Acreditamos que mesmo na actual conjuntura, será um ano para potenciar o desenvolvimento e crescimento. Além de tudo mais, acreditamos que o nosso propósito – cuidar da saúde das pessoas – faz mais sentido do que nunca e é por ele que trabalhamos todos os dias, com elevado esforço e motivação. E assim continuaremos!
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Seguros”, publicado na edição de Maio (n.º 286) da Marketeer.