Água Monchique: Exemplo de sustentabilidade

A Sociedade da Água de Monchique explora a concessão pública da água mineral de Monchique desde 16 de Dezembro de 1992. Distinguida pelo quarto ano consecutivo com o estatuto de PME Líder é, actualmente, um dos maiores players no mercado nacional. A pesquisa por alternativas rentáveis que causem menos impacto no ambiente é um desafio diário da empresa. Conciliar a sustentabilidade com a rentabilidade, para que mesmo em tempos mais conturbados possa continuar a inovar e a crescer, é um dos objectivos firmados.

As instalações fabris localizam-se nas Caldas de Monchique, numa área protegida superior a 50 hectares, em que a preservação dos aquíferos é o factor crítico essencial, motivando uma logística de gestão sustentável do meio ambiente. A Água Monchique distingue-se pela sua unicidade, resultado de uma composição físico-química natural, onde se destaca o seu elevado pH natural de 9,5. Esta especial composição confere-lhe características únicas que, pelos benefícios que aporta, contribuem para o bem-estar e para o equilíbrio do organismo.

Manter o equilíbrio ambiental de forma sustentável e rentável

A Água Monchique sente a responsabilidade de dar o exemplo na sua relação com o planeta em que vivemos. «Queremos e vamos continuar a inovar e a investir, para encontrar novas formas de “trabalhar” a água Monchique com menos impacto no ambiente, nos ecossistemas e nos consumidores, porque não basta ser Saudável, temos de ser Sustentáveis!», afirma Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Água Monchique.

A marca está consciente das preocupações quanto ao recurso ao plástico a nível mundial e sabe que a sua utilização é uma preocupação ambiental e climática crescente. Não obstante, sabe que a sua substituição total por outro material nas embalagens alimentares resultaria, forçosamente, numa crise social, ambiental e numa escassez de recursos. Para além disso, estudos demonstram que provocaria um aumento de mais de 30% do desperdício alimentar, que já é também uma preocupação nos países desenvolvidos.

Assim sendo, o problema do plástico deve ser resolvido ou combatido com recurso à economia circular, cuja utilização urge estimular e incentivar. Para Vítor Hugo Gonçalves, deve-se conciliar estas três componentes fundamentais – sustentabilidade, inovação e rentabilidade –, tendo em vista o equilíbrio ambiental. Preservar o planeta, mantendo a pureza e integridade do produto. Será possível fazê-lo? A Água Monchique acredita que sim.

Uma das mais recentes inovações passa pelo BIB Ecopack Monchique lançado em Fevereiro deste ano. É uma embalagem familiar de 10 litros produzida com menos 63% de PET, quando comparada com a quantidade necessária para produzir dois garrafões de 5 litros. Mais cómoda, fácil de transportar e 100% reciclável. Este produto já está disponível nas lojas Auchan, Continente e Coviran e brevemente na loja online aguamonchique. store e nos locais de venda habituais.

As características inovadoras e sustentáveis desta nova solução made by Monchique são o seu ponto forte. «Prática na utilização, preserva a sustentabilidade do planeta e conserva ainda mais a pureza da nossa água», reforça o responsável.

Este produto veio juntar-se a um conjunto de soluções inovadoras, desenvolvidas e produzidas pela Água Monchique com foco na promoção de uma economia circular e na redução da pegada ambiental. Entre elas estão a primeira garrafa de água portuguesa produzida a partir de plástico 100% reciclado – a Monchique Sport 100% Reciclada.

Com esta solução, por cada milhão de garrafas produzidas, deixarão de ser consumidos cerca de 30 mil quilos de PET virgem, o que representa uma poupança anual estimada de 100 toneladas de PET virgem.

A Monchique Sport 100% Reciclada integra o ambicioso compromisso assumido pela empresa em diminuir a sua pegada ambiental e que a levou a antecipar, já em 2020, as metas definidas pela UE para 2030 no que se refere à integração de 30% de PET reciclado nas suas embalagens.

A reintrodução no mercado da tara de vidro, a app myMonchique, a eliminação do consumo de plástico retráctil nas taras de 5 litros, a redução em 16% do PET do garrafão, que se materializou numa poupança de 150 toneladas em 2020, são outras soluções sustentáveis que a empresa tem vindo a desenvolver e a implementar.

Para além disso, a Água Monchique celebrou o Pacto Português para os Plásticos, um acordo que incentiva e defende a criação de soluções para uma economia circular. Foi implementado um projecto-piloto com 23 máquinas de reciclagem em troca de dinheiro espalhadas por todo o País. A empresa afirma que os resultados se revelaram um sucesso. A iniciativa permitiu a recolha selectiva de mais de 300 toneladas de plástico.

Está planeada a expansão deste projecto com a implantação de 3600 máquinas por todo o País, que provisionalmente permitirão a reciclagem selectiva de mais de 47 milhões de toneladas de PET e quase 2 mil milhões de embalagens. Para Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Água Monchique, será «um salto quântico na capacidade de recolha e um gigante contributo ambiental, social e até económico para Portugal».

Numa época em que os consumidores estão particularmente atentos à atuação das marcas, «a transparência é o factor crucial para reforçar a proximidade e a confiança entre marcas e consumidores, ao mesmo tempo que urge implementar mudanças na forma como todos nos relacionamos com o planeta, e aqui as instituições têm de liderar pelo exemplo. É isso que orgulhosamente fazemos, todos os dias, na Monchique», afirma Vítor Hugo Gonçalves.

Mudança de hábitos e diferentes tendências de consumo

A crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19 provocou alterações na rotina diária de muitos cidadãos e empresas, mas a Monchique manteve-se firme perante o desafio. Por causa dos hábitos de consumo diferentes e tendências emergentes, Vítor Hugo Gonçalves fala na importância do acompanhamento das mudanças e perfil dos consumidores, algo que a empresa tem feito nos últimos anos. «As questões ambientais, a responsabilidade social, a proximidade, a confiança, a autenticidade, o e-Commerce, o comprar português, todos estes touchpoints têm sido estratégias adoptadas pela Água Monchique para estar em linha com as tendências de consumo», salienta.

Despertou-se um maior interesse por parte dos consumidores pelo comércio local, notando-se um decréscimo nas compras por impulso. Apoiada por estas duas tendências, a categoria de águas continuou a crescer como nos últimos anos havia feito, em detrimento das soft-drinks. «O culto por uma vida e uma alimentação saudáveis tem ganho inúmeros adeptos onde o consumo de água é condição essencial», explica Vítor Hugo Gonçalves. Simultaneamente, há cada vez mais consumidores preocupados em manter uma alimentação saudável e equilibrada.

O apelo ao consumo de produtos e marcas portuguesas tem sido constante por parte do responsável da Água Monchique, que considera que «os tempos únicos que temos estado a viver têm sido um desafio à capacidade de reinvenção e de resiliência dos diversos sectores de actividade! Comprar o que é português tem de ser uma missão assumida por cada um de nós, enquanto consumidores socialmente responsáveis», refere Vítor Hugo Gonçalves.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Empresas 100% Portuguesas”, publicado na edição de Abril (n.º 297) da Marketeer.

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