12 tendências que vão moldar os media em 2021. Do FOGO ao áudio
Que o comportamento dos consumidores mudou na sequência da pandemia de Covid-19 não há dúvidas. Mas de que forma vão essas alterações afectar o consumo de meios de comunicação e a forma como as marcas trabalham as redes sociais, por exemplo? De acordo com o Grupo Dentsu, são 12 as tendências a manter debaixo de olho.
Numa conferência online realizada hoje sob o mote “Society & Media Trends 2021”, Dan Calladine, head of Media Futures da Dentsu, desvendou as linhas que deverão orientar as estratégias das empresas ao longo deste ano. Segundo o responsável, as tendências resultam de mudanças comportamentais relacionadas com a pandemia e que se traduzem numa actividade mais digital.
No entanto, embora o digital tenha crescido e ganhado espaço, os consumidores continuam à procura de relações próximas e de uma sensação de ligação, mesmo que à distância.
Conheça as 12 tendências, divididas em dois grupos (sociais e media):
Tendências Sociais
- De FOMO para FOGO: Já não temos FOMO (Fear of Missing Out), uma tendência que marcou a última década. Com a pandemia, temos agora FOGO (Fear of Going Out), o que leva a que as marcas tenham de desenhar e adaptar os seus produtos e serviços para soluções remotas;
- The Donut Problem: O teletrabalho retirou as pessoas dos centros das cidades, criando uma nova configuração logística, que tem implicações significativas nos media e no retalho;
- Vidas conectadas: O número de dispositivos que usamos cresce a olhos vistos, levando as marcas a procurar novos ecossistemas e a identificar novos hábitos de consumo;
- O respeito pela privacidade: Os consumidores querem mais privacidade. Algumas marcas estão a comunicar activamente as suas políticas nesta área, mas todas têm de perceber como podem continuar a chegar aos seus públicos-alvo, sem utilização dos seus dados pessoais;
- A grande divisão: O mundo nunca esteve tão dividido. As marcas têm de perceber de que lado estão e comunicar a sua posição.
Tendências de Media
- A nova vida das câmaras/telefones: O distanciamento acelerou o uso da realidade aumentada e dos QR codes, tornando estas tecnologias cada vez mais relevantes;
- Screen-free Media: O áudio está em rápido crescimento e as estratégias das marcas para esta área estão a expandir-se. A busca por voz, os podcasts, a publicidade áudio e a identidade sónica são fortes tendências;
- Responsabilidade: As marcas querem uma sociedade segura (e querem estar do lado certo quando investem em publicidade);
- A década do paid media: Há cada vez mais consumidores que pagam para terem acesso a conteúdos. É tempo de as marcas procurarem patrocínios, parcerias e formas de integrar mensagens-chave no conteúdo;
- Metaverse: O gaming está a tornar-se uma actividade muito mais social, com potencial para vir a ser a plataforma de social media para uma grande fatia dos consumidores. Já fazemos compras nas redes sociais, porque não em jogos também?;
- Screening em comunidade: Vemos cada vez mais conteúdos online em comunidade no Twitch ou no Facebook, apesar de estarmos distantes fisicamente. Para quê fazer uma chamada longa ou um zoom interminável quando podemos assistir a um episódio dos Simpsons juntos?
- Ligar os pontos: As grandes empresas tecnológicas procuram consolidar-se integrando diferentes negócios. As sinergias ampliam ainda mais o efeito “frenemies”; fazendo com que controlem grande parte das ferramentas mais valiosas, bem como o acesso aos dados.