Reclamações de moda e vestuário aumentam 146%

Em 2020, a categoria do Portal da Queixa que registou uma maior subida nas reclamações foi o Comércio de Moda e Vestuário. A tendência mantém-se este ano, verificando-se um aumento de 146% das queixas nesta categoria.

Os dados, que englobam as reclamações registadas de Janeiro a 16 de Fevereiro, apontam o atraso nas entregas como o principal motivo de reclamação (42,8% das queixas), isto num período em que o e-commerce voltou a ser impulsionado pelo fecho das lojas físicas.

De acordo com os dados do Portal da Queixa, de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2020, os portugueses apresentaram um total de 9442 reclamações dirigidas a marcas inseridas na categoria Comércio de Moda e Vestuário. Um aumento de 197% comparativamente com o ano de 2019, onde foram registadas, durante o mesmo período, 3179 queixas.

Segundo os dados do Portal da Queixa, as cinco marcas com o maior volume de reclamações em 2020, foram: a MO Online (508 queixas), Seaside (438), Stradivarius (295), Clubefashion (276) e Zara (248).

Relativamente a 2019, as marcas que mais aumentaram ao nível de reclamações foram a Lefties, Havaianas, Stradivaruis, Seaside e Pull&Bear. Nesta variação, destaca-se a marca Clubefashion ao ter sido a única que registou, em 2020, um decréscimo das reclamações (-12% do que em 2019). No que se refere ao Índice de Satisfação, que resulta na resposta às reclamações, a La Redoute lidera com 89,7 pontos em 100.

«O vestuário sempre foi um dos principais sectores no retalho que, até à pandemia, ainda estava a dar os primeiros passos no sentido da digitalização. Com este novo contexto pandémico, verificou-se um crescimento exponencial de compras online no comércio de moda e vestuário que colocou à prova a resistência das equipas e dos processos de venda, até então, muito tradicionais e assentes nos pontos de venda físicos. Esta enorme pressão a que as marcas foram sujeitas, reflectiu-se num elevado número de reclamações, que têm em comum a falta de preparação do sector para uma eventual presença em massa nos canais digitais», afirma Sónia Lage Lourenço, COO do Portal da Queixa by Consumers Trust.

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