Indústria dos casamentos com quebras de 90% na facturação
A maioria dos casamentos previstos para acontecer em Portugal em 2020 foi adiada para este ano (66,2%), uma pequena fatia passou mesmo para 2022 (7,7%) e 26,1% dos casais acabou por optar por cancelar o evento. Os números são de um estudo realizado pela BestEvent e pela revista I Love Brides e ilustram as dificuldades que o sector dos casamentos enfrenta.
Segundo o mesmo estudo, que tem por base mais de uma centena de empresas, a pandemia do novo coronavírus levou a “um cenário nunca antes visto” nesta indústria, que registou perdas de facturação na ordem dos 90%, em 2020. Para 18% das empresas, não houve mesmo qualquer tipo de facturação ao longo de todo o ano.
Para 55,8% das empresas do sector não foi possível remarcar alguns dos serviços e, destas, 38% viu-se obrigada a devolver o sinal aos clientes. Ainda assim, 46% das empresas inquiridas mostra confiança numa possível retoma já este ano.
«Todas as empresas fizeram um grande investimento no sentido de adaptar os seus espaços e serviços às normas emanadas pelas autoridades de saúde», garante Jorge Ferreira, da BestEvents. Porém, é necessária uma «mensagem de confiança por parte do Governo ao mercado».
Segundo o responsável, não se pode esquecer que este é um sector sazonal e que essa mensagem do Governo permitiria «garantir a sustentabilidade e a recuperação da confiança dos clientes». Jorge Ferreira acrescenta que «é importante que o Governo apresente uma previsão de data para o sector começar a operar».