Presidenciais: Ana Gomes vence no Twitter mas Marcelo é o preferido dos analistas políticos
Com 109,7 mil seguidores, Ana Gomes é a candidata às próximas eleições presidenciais de Portugal com a maior influência no Twitter. Uma análise elaborada pela Carma mostra que Ana Gomes não só tem mais seguidores como revista um nível mais elevado de engagement e alcance. A publicação que partilhou a pintar os lábios em solidariedade para com Marisa Matias, por exemplo, foi amplamente partilhada.
No geral, a Carma indica que todos os candidatos são bastante comunicativos no Twitter, à excepção de Marcelo Rebelo de Sousa que não tem presença em qualquer rede social. André Ventura foi o candidato que originou maior volume de publicações no Twitter e é ainda o mais mencionado em tweets e retweets de utilizadores considerados opinion makers.
Por outro lado, em termos de favorabilidade, Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva são os candidatos “em que a abordagem por parte dos analistas políticos é mais favorável, com os índices médios mais positivos”. No extremo oposto, encontram-se André Ventura e João Ferreira.
Para lá das redes sociais
A análise da Carma, realizada entre os dias 1 e 17 de Janeiro, abrange ainda uma abordagem mais geral. Para lá das redes sociais, o estudo revela que André Ventura e Marisa Matias são os candidatos com menor favorabilidade mediática, sendo mesmo os mais criticados pelos analistas políticos na imprensa nacional.
Com base em 126 artigos de opinião e análise aos debates presidenciais divulgados em imprensa, online, televisão e rádio, a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda apresenta o índice de favorabilidade mais baixo, justificado pela percepção de um fraco desempenho nos debates. André Ventura surge em segundo lugar com muitas críticas à atitude negativa perante os restantes candidatos.
Tiago Mayan Gonçalves, Vitorino Silva e Marcelo Rebelo de Sousa são, no sentido inverso, os candidatos com melhores resultados em termos de favorabilidade. O actual Presidente foi também o mais visado nos artigos e espaços de opinião analisados durante o estudo, tendo o maior nível de visibilidade mediática.
«A formação de opinião pública sobre cada um dos candidatos deve muito não apenas a debates e discursos políticos, mas também aos comentários e artigos de opinião que são publicados nos meios de comunicação social e nas redes sociais que desempenham um papel de extrema importância na formação da opinião pública», afirma Luís Garcia, managing director da Carma Portugal & Africa, justificando a pertinência do estudo.