Congeladores e robots de cozinha entre os bens mais procurados em Portugal

Num momento em que as famílias passam mais tempo em casa e, consequentemente, comem mais refeições no lar, cresceu exponencialmente a procura por congeladores (+114% no período de Março a Abril) e produtos de preparação de alimentos, de acordo com os dados da GfK.

A pandemia de COVID-19 tem provocado mudanças significativas nos hábitos dos consumidores. Segundo a GfK, desde o início deste ano, 83% dos inquiridos mudaram os seus hábitos de consumo. Num novo estudo, a consultora analisa o impacto da pandemia no consumidor e no mercado de bens tecnológicos em Portugal.

De um modo geral, 2020 está a ser um ano de grande crescimento para os produtos de preparação de alimentos, com destaque para robots (subida de 62% de Janeiro a Setembro), batedeiras (+37%) e liquidificadoras (+28%). Estar em casa implicou também levar a cabo algumas necessidades básicas de cuidado pessoal. Nesta categoria, os aparadores de cabelo (+121%) e kits multi grooming (+63%) foram os produtos que mais cresceram no primeiro semestre.

De acordo com a GfK, “verifica-se a necessidade do consumidor obter produtos premium que sirvam para satisfazer as suas necessidades em casa”. É o caso da venda de aspiradores verticais recarregáveis (+52%), mas também frigoríficos de 3+portas e side by side (+36%).

Com a saúde e o bem-estar no topo das prioridades dos consumidores, a pandemia levou a “crescimentos extraordinários” nas vendas de termómetros digitais, enquanto a categoria de purificadores duplicou em relação ao ano passado (+102%).

Já a área da electrónica de consumo, teve uma “ligeira recuperação” no período de Junho a Setembro, com os equipamentos de entretenimento a contribuírem para o seu crescimento. Televisões e colunas de som são os equipamentos com a performance mais positiva nesta categoria (3% e 2%, respectivamente).

Também os computadores portáteis e todos os equipamentos associados ao home office, como as webcams (+163%), os ratos (+38%) ou as impressoras (+41%), tiveram um forte crescimento na altura do confinamento e no período de pós-confinamento, em que muitos consumidores mantiveram o teletrabalho.

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