COVID-19 impulsiona lojas locais em Portugal

A opinião de 75% dos portugueses em relação às lojas locais melhorou desde que a pandemia teve início. Além disso, 79% confia nas recomendações dos profissionais que os atendem em negócios de bairro. Os números são apontados pela Mastercard num estudo realizado no passado mês de Setembro junto de 13 mil pessoas de 16 países, incluindo Portugal.

O estudo mostra que 82% dos portugueses pretende fazer as suas compras no comércio local e que 84% prefere comprar a quem já conhece. Mas o que leva os consumidores a optar por este tipo de lojas? Conveniência (49%), filas menores face aos supermercados (51%) e ausência de deslocações (50%) são os motivos mais apontados.

«As pequenas empresas são a espinha dorsal da economia», afirma Paulo Raposo, country manager da Mastercard em Portugal. «À medida que as pessoas redescobrem os seus bairros, estão a dar uma nova oportunidade a um número significativo de pequenas empresas que oferecem produtos óptimos, variados e únicos», explica ainda o responsável.

E esta preferência crescente pelo comércio local parece fazer-se sentir mais em Portugal do que na generalidade da Europa: 82% dos portugueses versus 74% dos europeus.

O mesmo estudo da Mastercard oferece ainda algumas luzes sobre um espírito de comunidade mais alargado, já que mais de um terço das pessoas diz estar disponível para receber as encomendas online de um vizinho. A noção de vizinhança renasceu durante o confinamento e 53% passou, por exemplo, a cumprimentar quem mora em frente ou no apartamento do lado.

Em termos de comércio, infra-estruturas ou estabelecimentos, as escolas, café, padaria, correios e estacionamento são considerados os melhores vínculos de uma comunidade moderna. O top 10 conta ainda com frutaria, igreja, ginásio, talho e cabeleireiro.

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