Portugal não pode falhar!

ricardo2Abriu-se um novo ciclo na vida portuguesa.

E a maior verdade é que, a bem de todos nós, e das gerações futuras, Portugal não pode falhar. Os portugueses não podem falhar.

Para isso, não podemos incorrer nos mes­mos erros que incorremos no passado. Se o passado serve para alguma coisa é para apren­dermos com ele.

Deste modo, interessa reflectir sobre al­gumas situações por que passámos nos últi­mos tempos:

Memorando da Troika – já o li atentamen­te, e não vi no mesmo um rasgo que me fizesse pensar que nós não éramos capazes de fazer o mesmo documento. Então por que não o fize­mos há mais tempo?

Reduzir o papel do Estado na Economia – muito tem sido apregoada a necessidade de reduzir o papel do Estado na Economia, mas é cada vez mais notória a dependência que o País tem do Estado. E então?

Investimentos e Iniciativa Privada – em todos os programas e discursos, os investi­mentos e a iniciativa privada aparecem como a solução natural para o desenvolvimento de Portugal e da sua Economia. Mas como, quan­do as taxas de juro atingem valores proibitivos que levam a que os projectos se percam na rentabilidade exigida, ou quando a burocracia e as diversas leis vigentes obrigam a tanto es­forço (tempo e recursos)?

Aumento da Produtividade – muitos de­bates, programas, projectos, investimentos, e afins, têm-se debruçado sobre a necessidade imperiosa do aumento da produtividade das nossas empresas. Então, por que não aumen­tam? Talvez alguma coisa esteja errada, ou não?

Aumento da Competitividade – sendo ób­vio, têm sido divulgados estudos e programas que visam aumentar a competitividade das em­presas portuguesas, no estrangeiro, quer atra­vés de investimentos em imagem, facilidades de crédito e afins. Contudo, e exceptuando al­gumas situações de grande sucesso, tal não tem acontecido. Sabe-se correctamente o porquê? O que falta? Ou vamos voltar a fazer o mesmo?

Participação da sociedade civil – mui­to tem sido o apelo, pelos diversos órgãos de soberania, a uma maior participação da so­ciedade civil na vida política de Portugal. Mas como? Eu próprio já participei e dei o meu contribuo em algumas iniciativas e projectos que visavam este fim, e com muito trabalho e tempo empregue, mas com resultados muito aquém do previsto;

Reter os jovens e talentos – tal como em qualquer empresa, Portugal tem de reter os seus jovens e talentos, pois é esse claramen­te o factor diferenciador e crítico de sucesso. Mas como cativar e reter essas pessoas? Au­mentou exponencialmente o número de jo­vens que se foram embora à procura de novas soluções, de projectos de vida. E agora, como vamos fazê-los voltar? Com que argumentos?

Muito mais fica por escrever, mas há um factor fundamental.

Nós, os portugueses!

Que muitos pensamos que temos muito mais direitos do que deveres. Queremos ir a jogo? Queremos participar? Ou ficamos senta­dos apenas a criticar e injuriar?

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