Portugal não pode falhar!
Abriu-se um novo ciclo na vida portuguesa.
E a maior verdade é que, a bem de todos nós, e das gerações futuras, Portugal não pode falhar. Os portugueses não podem falhar.
Para isso, não podemos incorrer nos mesmos erros que incorremos no passado. Se o passado serve para alguma coisa é para aprendermos com ele.
Deste modo, interessa reflectir sobre algumas situações por que passámos nos últimos tempos:
Memorando da Troika – já o li atentamente, e não vi no mesmo um rasgo que me fizesse pensar que nós não éramos capazes de fazer o mesmo documento. Então por que não o fizemos há mais tempo?
Reduzir o papel do Estado na Economia – muito tem sido apregoada a necessidade de reduzir o papel do Estado na Economia, mas é cada vez mais notória a dependência que o País tem do Estado. E então?
Investimentos e Iniciativa Privada – em todos os programas e discursos, os investimentos e a iniciativa privada aparecem como a solução natural para o desenvolvimento de Portugal e da sua Economia. Mas como, quando as taxas de juro atingem valores proibitivos que levam a que os projectos se percam na rentabilidade exigida, ou quando a burocracia e as diversas leis vigentes obrigam a tanto esforço (tempo e recursos)?
Aumento da Produtividade – muitos debates, programas, projectos, investimentos, e afins, têm-se debruçado sobre a necessidade imperiosa do aumento da produtividade das nossas empresas. Então, por que não aumentam? Talvez alguma coisa esteja errada, ou não?
Aumento da Competitividade – sendo óbvio, têm sido divulgados estudos e programas que visam aumentar a competitividade das empresas portuguesas, no estrangeiro, quer através de investimentos em imagem, facilidades de crédito e afins. Contudo, e exceptuando algumas situações de grande sucesso, tal não tem acontecido. Sabe-se correctamente o porquê? O que falta? Ou vamos voltar a fazer o mesmo?
Participação da sociedade civil – muito tem sido o apelo, pelos diversos órgãos de soberania, a uma maior participação da sociedade civil na vida política de Portugal. Mas como? Eu próprio já participei e dei o meu contribuo em algumas iniciativas e projectos que visavam este fim, e com muito trabalho e tempo empregue, mas com resultados muito aquém do previsto;
Reter os jovens e talentos – tal como em qualquer empresa, Portugal tem de reter os seus jovens e talentos, pois é esse claramente o factor diferenciador e crítico de sucesso. Mas como cativar e reter essas pessoas? Aumentou exponencialmente o número de jovens que se foram embora à procura de novas soluções, de projectos de vida. E agora, como vamos fazê-los voltar? Com que argumentos?