Portugueses reduzem gastos escolares para 340 euros
No regresso às aulas deste ano, os encarregados de educação portugueses prevêem gastar cerca de 340 euros, um dos valores mais baixos nos últimos anos.
De acordo com o estudo Observador Cetelem Regresso às Aulas 2020, as intenções de gastos dos encarregados de educação no regresso às aulas em 2016 eram de 455 euros, diminuindo para 399 euros em 2017. Esta tendência de diminuição das previsões de gastos verificou-se também em 2019 (363 euros), sendo apenas interrompida em 2018, quando aumentou para 487 euros.
O estudo salienta que, este ano, verifica-se pela primeira vez um aumento das famílias que não gastarão mais de 250 euros, sendo agora este o valor indicado pela maioria (51%), mais 11 pontos percentuais face ao ano anterior (40%). Já 22% dos portugueses com estudantes a seu cargo têm a intenção de gastar em média entre 251 euros e 500 euros e 6% gastarão mais de 501€ (diminuição de 3%).
O estudo refere ainda que, à semelhança de outros anos, parece continuar a haver uma relação directa entre a intenção de gastos com o regresso às aulas e o nível de ensino: no ensino pré-escolar os gastos médios são cerca de 285 euros; no 1.º Ciclo, 329 euros; no 2.º ciclo cifram-se nos 352 euros e no 3.º ciclo situam-se nos 338 euros. Aumentam ainda significativamente a partir do ensino secundário, a custar uma média de 392 euros.
Em comparação com o ano passado, o único grau de escolaridade onde há um aumento nas intenções de gastos é no 1.º ciclo (mais 17 euros). Já no ensino privado, os gastos mantêm-se praticamente inalterados face ao ano anterior (388 euros versus 386 euros). No ensino público, reduzem 7% para 336 euros.