O que pesquisam os portugueses no Google? Coronavírus e… Adele
Olhando para os últimos 12 meses, a Google não tem registos significativos de pesquisas sobre o coronavírus até 12 de Janeiro. Por esta altura, já tinham surgido os primeiros casos de COVID-19 na China, mas o assunto ainda parecia estar distante. A partir do fim de Fevereiro, os dados do Google Trends mostram que buscas com o termo “coronavírus” começam a aumentar, atingindo um primeiro pico em meados de Março.
No entanto, o maior número de pesquisas até ao dia de hoje verificou-se no período de 5 a 11 de Abril. Desde então, a curva a popularidade do tema caiu abruptamente, situando-se agora perto dos níveis do fim de Fevereiro.
O Google Trends mostra ainda que Viseu foi a região onde as pesquisas por “coronavírus” foram mais populares, seguindo-se Viana do Castelo, Santarém, Leiria e Setúbal. Curiosamente, as duas regiões mais afectadas pelo COVID-19 (Porto e Lisboa e Vale do Tejo) não fazem parte deste top 5.
Por outro lado, analisando as tendências de pesquisa no motor de busca da Google durante o dia de hoje, verifica-se que os portugueses começam a pensar também noutros assuntos. Para já, “Adele” lidera o top de hoje, à frente de “André Ventura” e “Reino Unido”. Os internautas nacionais estão a pesquisar também por “Bangladesh”, “Adele 2020”, “Judi Dench” e “Manzarra SIC Notícias”.
Ontem, as tendências de pesquisa também apontam para temas muito diversos. “Grimes” ocupa o lugar cimeiro, seguida por “Dia Mundial da Língua Portuguesa” e “Ciro Pessoa”.
Em termos mais gerais, Simon Rogers, Data editor na Google, adianta que as pessoas estão interessadas em saber mais sobre actividades Do It Yourself (DIY). Em casa e, potencialmente, com mais tempo livre, querem saber como se faz cera depilatória em casa ou se é possível usar uma impressora 3D para fazer máscaras.
Em entrevista ao Vox, conta ainda que se nota um aumento nas pesquisas relativas a formas de ajudar, donativos de alimentos ou voluntariado, e que algumas perguntas que poderiam ser estranhas há umas semanas agora não o são. É o caso de pesquisas sobre como fazer uma festa de aniversário “de passagem”, que registou um salto de 5.000%.