Nuno Jerónimo: «Pandemia vai mudar o conceito de relevância de uma marca»
O que ficará depois deste “buraco negro” do novo coronavírus? Que marcas iremos ter? E como é que passarão a estar e a comunicar? Não sendo possível qualquer previsão clara e certa, fomos, contudo, tentar perceber de que forma é que algumas das maiores empresas e marcas em Portugal estão a reagir e como esperam sair do momento mais crítico de todos os tempos, a nível mundial. Vamos todos dar a volta?
Nuno Jerónimo, founder and Creative director de O Escritório
1 – O que está a ser feito, neste momento, para que a sua marca não perca relevância?
Não estamos a fazer nada com o objectivo de que a nossa marca não perca relevância, estamos a fazer tudo para que as marcas com que trabalhamos se mantenham relevantes. É isso que vai determinar se a nossa marca se mantém relevante ou não. O papel de uma agência de publicidade é, como sempre foi, o de usar a criatividade para ajudar os seus clientes a enfrentarem os seus desafios de comunicação.
E este é, seguramente para muitas marcas, o maior desafio que já enfrentaram. Um dos requisitos para nos mantermos relevantes é entendermos que esta pandemia vai mudar muita coisa, nomeadamente o conceito de relevância de uma marca. Neste momento as pessoas não esperam que as marcas se limitem a ser interessantes, esperam que sejam importantes. Que tenham um impacto positivo nas suas vidas, seja pelas oportunidades que criam, seja pelo carácter inspirador das mensagens que passam.
2 – E depois deste “buraco negro”, a sua marca será a mesma?
A mesma não será certamente. Mas, nesta altura, acho que ninguém consegue prever com certeza o impacto real desta pandemia nas nossas vidas, quer pessoal, quer profissionalmente. O que posso garantir é que O Escritório vai manter a capacidade de adaptação que sempre teve e reagir de forma adequada às alterações que esta crise nos trouxer.