Teletrabalho alavanca consumo de tecnologia: vendas de webcams saltam 297%
O consumo de tecnologia está a aumentar graças ao isolamento e ao teletrabalho. A nível europeu, as vendas de webcams aumentaram 297%, verificando-se também saltos de 120% junto dos monitores, um aumento de 68% no que diz respeito a impressoras, 62% relativamente a notebooks e 61% a teclados.
As conclusões são da GfK, que analisou o comportamento de cinco grandes mercados da Europa e notou “picos de vendas extaordinários”. A empresa de estudos de mercado considera que a mudança que levou a uma maior utilização da tecnologia é visível em várias áreas da vida, começando no trabalho, mas passando também pelas refeições e entretenimento.
Sinal disso é o aumento das vendas de congeladores e arcas frigoríficas, necessárias para acomodar todos os alimentos adquiridos durante as idas ao supermercado motivadas por pânico. O receio de que as prateleiras esvaziassem fez com que os europeus enchessem os carrinhos de compras.
A análise, realizada entre 9 de Março e 5 de Abril, mostra que as vendas de congeladores na Grã-Bretanha cresceram 317% em relação ao período homólogo do ano passado. Na Alemanha, o salto foi de 185% e, em França, de 44%.
No que concerne o entretenimento, a GfK dá conta de uma aceleração das vendas, nomedamente na categoria de aparelhos de streaming e boxes (+50% em alguns mercados). As maiores subidas verificam-se no segmento das consolas de jogos: +259% na Grâ Bretanha, +139% na Alemanha, +132% em França, +108% em Espanha e +65% em Itália.
Vendas online não compensam perdas nas lojas físicas
“Apesar de o comércio electrónico ter aumentado, as vendas online não estão a compensar as perdas das lojas físicas”, assinala a GfK. Entre 31 de Março e 5 de Abril, as vendas online cresceram quase 100% nos cinco países em análise.
Contudo, a quebra verificada nas lojas físicas fez com que o resultado final fosse uma quebra geral de 14%. Para compensar o fecho dos pontos de venda seroa necessário que as vendas online quadruplicassem: “E, de facto, o consumo actual está muito longe desse valor.”