O futuro das compras online passa pelo checkout automático
Visa ou Mastercard? PayPal ou Apple Pay? Referência Multibanco ou MB Way? O número de opções quando se tenta concluir uma compra online parece estar a crescer. Além dos métodos de pagamentos mais clássicos (nomeadamente, cartões de crédito), proliferam novas plataformas e carteiras digitais – as chamadas eWallets.
No entanto, este não é o único aspecto importante no momento de checkout. Segundo um relatório do Business Insider Intelligence, 55% dos consumidores norte-americanos abandona a compra devido a custos extra que apenas são apresentados no final do processo. Taxas de envio ou impostos são alguns destes custos que desencorajam a compra.
Há também quem desista devido à necessidade de criar uma conta no site (34%) e quem considere que o processo é demasiado complexo ou demorado (26%). O mesmo relatório aponta ainda para erros/bloqueios no website (17%), demora na entrega (16%) e insatisfação relativamente à política de devolução (11%). Só 6% indica insuficiência de métodos de pagamento (6%).
No geral, a conclusão é de que inconsistência e fricção são os principais culpados da desistência de compras online. Tendo isto em mente, alguns dos maiores players do sector estão a investir no desenvolvimento de soluções que simplifiquem e melhorem a experiência dos internautas.
O caminho pode passar por um sistema automático, que conhece as preferências e os dados do utilizador. Em vez de ter de preencher um longo formulário em todos os sites de comércio electrónico, a ideia é que, através de um só login, se possa seleccionar as informações de pagamento pretendidas previamente guardadas (diferentes cartões, por exemplo) e terminar a compra ao fim de dois ou três cliques.
Esta solução, designada Secure Remote Commerce (SRC), deverá funcionar em qualquer tipo de dispositivo (independentemente do sistema operativo), abranger comerciantes de diferentes sectores e ser seguro para os utilizadores. Segundo o Business Insider Intelligente, o primeiro sistema deste tipo foi lançado em Junho do ano passado, estando neste momento em fase de teste. Para este ano, a expectativa é de que a lógica “click-to-pay” seja implementada amplamente e a nível internacional.
O mesmo relatório sublinha que existem algumas potenciais consequências negativas: os retalhistas podem perder acesso a dados sobre os seus clientes, uma vez que passam a estar reunidas numa só plataforma. Além disso, o botão de pagamento via PayPal tenderá a perder a sua posição de dominância.
Por outro lado, prevê-se que as taxas de conversão de compras online aumentem e que o comércio via dispositivos móveis se torne mais recorrente.