A sua smart TV anda a vigiá-lo?
As televisões inteligentes são sinónimo de experiência personalizada e de funcionalidades que permitem ir além das séries e filmes – é possível, por exemplo, encomendar o jantar ou tirar a senha para a Loja do Cidadão. Por outro lado, podem também ser sinónimo de vigilância, como aponta um novo estudo da Princeton University.
Tendo por base os serviços OTT (Over-the-Top) Roku TV e Amazon Fire TV, disponíveis nos Estados Unidos da América, o estudo sublinha que a monitorização do comportamento dos espectadores é frequente via smart TVs. A recolha e partilha de dados como IDs de equipamentos, números de série ou redes Wi-Fi também é comum.
Este tipo de informações pode, depois, ser partilhado com outras companhias, que passam a ter acesso a um quadro bastante alargado daquilo que cada pessoa vê e faz com a televisão. O The Verge lembra que, tecnicamente, as pessoas aceitam que os seus dados sejam vendidos assim que compram a televisão e instalam o serviço, mas nem todas têm noção daquilo com que estão a concordar.
Com base nos dados apurados, os investigadores da Princeton University recomendam que as plataformas OTT desenvolvam uma experiência mais privada e segura para os utilizadores. Especialmente tendo em conta que a utilização de bloqueadores de anúncios ou outro tipo de dispositivos de segurança parece ser ineficaz. A sugestão passa, por exemplo, pela disponibilização de um modo de navegação incógnito, como acontece com os browsers de internet.