Gillette responde a críticas

O anúncio da Gillette a alertar para a masculinidade tóxica provocou reacções distintas no público. Por um lado, há quem considere que se trata de um trabalho de louvar, elogiando a mensagem que a marca quer transmitir. Por outro, há quem não se identifique com a realidade descrita e critique a Gillette, propondo até um boicote. Seja como for, “The Best a Man Can Be” tornou-se viral.

Pankaj Bhalla, Brand director da Gillette, garante que o objectivo não era gerar controvérsia. «Estávamos apenas a tentar melhorar a assinatura que nos acompanhou ao longo de 30 anos – The Best a Man Can Get – e torná-la relevante. Não acho que a nossa intenção tenha sido gerar controvérsia só porque sim», afirma o responsável em declarações à Fast Company.

Aliás, além deste anúncio, a campanha envolve outros filmes e acções em que outras emoções e cenários são explorados, sempre com o a missão de actualizar o posicionamento da marca. Há um homem que toma conta do pai ao fazer-lhe a barba e um atleta da NFL que conseguiu superar a adversidade, entre outros que ainda serão desvendados.

Contudo, apenas o filme mais recente está a dar que falar. A intenção da marca, segundo Pankaj Bhalla, era somente mostrar como os homens se podem tornar ainda melhores, lutando contra o bullying e assédio sexual e dando o exemplo para as gerações mais jovens. E o objectivo parece estar a ser cumprido: apesar da onda de críticas, a Fast Company aponta dados da Sprout Social segundo os quais a reacção online ao anúncio tem sido maioritariamente positiva. Entre os últimos dias 14 e 16, 63% dos 645 mil tweets sobre a Gillette foram positivos e 95% dos 246 mil tweets com a hashtag #TheBestMenCanBe foram positivos.

«Respeito as pessoas que não gostaram necessariamente do anúncio e que têm um ponto de vista sobre ele – têm todo o direito. Mas o anúncio não é sobre todos os homens serem maus. É o exacto oposto disso», sublinha o Brand director.

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