O poder de um nome
É um verdadeiro case study sobre a força de um nome. É que foi ele, no caso de “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”, a melhor ferramenta de marketing que Carlos Braz Lopes (na foto) poderia ter usado para vender o seu produto.
O que foi mais importante para o sucesso do “Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”, a receita ou o nome? À questão, Carlos Braz Lopes não hesita em responder com «o nome». Afinal, é isso que tem gerado tanta curiosidade e mediatismo em torno de… um bolo de chocolate que tem um preço de 20 ou 30 euros (em função do peso).
Quando abriu um restaurante há mais de 20 anos e se lançou na investigação da receita para uma sobremesa de chocolate que queria incluir na carta, Carlos Braz Lopes estava longe de adivinhar que, hoje, esse mesmo bolo estaria a ser vendido em seis lojas com o mesmo nome no Brasil (três em S. Paulo, uma em Salvador, outra em Brasília e outra, ainda, no Rio de Janeiro), duas nos EUA (Nova Iorque e Brooklyn) e uma em Espanha (Madrid). «Nunca pensei em expandir. A primeira vez que o tentei fazer foi quando abri a loja de Campo de Ourique, para os restaurantes vizinhos, e levei com a porta na cara», relembra. Porém, o bolo cedo despertaria a atenção de alguns amigos no negócio da restauração e outros no de casamentos, que começaram a querer tê-lo nas suas mesas.
No processo de internacionalização de “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”, tudo aconteceu com a mesma informalidade: em 2006, um amigo de um amigo quis começar a vender no Brasil – isto, já depois da revista brasileira “Veja” ter eleito a loja de Campo de Ourique como um dos 10 locais a visitar em Lisboa; em 2009 uma espanhola que viveu em Portugal quis levá-lo para Madrid, onde começou por distribui-lo no restaurante de uma amiga e já em Novembro do ano passado, na Calle Alcalá, onde abriu com o empresário português “La Mejor Tarta de Chocolate del Mundo”. Com o apoio de um sócio, Adriano Lucas – de quem partiu também a iniciativa -, instalou em Junho, na Spring Street, a loja “Best Chocolate Cake in the World” – que mereceu uma referência relativa à abertura no “The New York Times”. E ao que parece, os interessados no bolo não param de surgir… os contactos mais recentes vêm de nacionalidades tão diversas como um mexicano – que experimentou o bolo na loja de Nova Iorque -, um polaco – que leu sobre ele no livro “Uma Viagem à Volta do Mundo” – um inglês ou um australiano.
PARA LER O ARTIGO NA ÍNTEGRA CONSULTAR EDIÇÃO IMPRESSA Nº176