Storytelling vai chegar a 90% das empresas até 2018
Depois de recolher dados de 30 multinacionais, a Llorente & Cuenca descobriu que 52% delas considera que a co-criação de conteúdos será o formato de eleição no campo do storytelling, nos próximos anos. Este formato permite que as marcas e consumidores colaborem na criação de conteúdos.
Avon, Coca-Cola, Multiópticas, Ikea, Nos, Parfois, Sonae Sierra, Vila Galé Hóteis e Bridgestone são algumas das marcas que participaram no estudo da consultora, que abrangeu também Portugal. O objectivo é perceber quais as tendências no mundo do storytelling e storydoing.
Além da tendência já identificada da co-criação, destaque também para os 29% que aposta nos conteúdos imersivos, em que se inclui a realidade virtual e aumentada e os vídeos em 360º, por exemplo. Há também quem aponta para as histórias em directo, em plataformas como o Snapchat e Instagram.
Segundo a Llorente & Cuenca, as empresas estão a perceber que, na era do efémero, é preciso captar a atenção dos consumidores, combinando “a intensidade da experiência com uma aura de exclusividade”. Daí que 47% dos inquiridos afirme utilizar técnicas de storytelling como o vídeo que 28% recorra a eventos experienciais. Webseries e gamification também são formatos usados, mas em percentagens muito mais reduzidas.
O estudo “Do storytelling ao storydoing: 30 marcas falam sobre a importância das histórias” revela, ainda, que, no próximo ano, 90% das empresas ibero-americanas terão incorporado o storytelling nas suas estratégias de marketing.
Big Data (64%), inteligência artificial (18%) e participação dos colaboradores (18%) são os factores apontados pelas empresas relativamente ao que poderá afectar o acto de contar de histórias.
David González Natal, responsável pela área de Consumer Engagement da Llorente & Cuenca, acredita que o renascer do storytelling é obrigatório para quem quer participar nas conversas dos diferentes grupos de interesse. É também essencial enquanto ferramenta para aproximar a marca de um público «cada vez mais sofisticado no seu consumo de conteúdos, alimentado por diversas fontes de informação e organizado em torno de interesses concretos».
Em comunicado, o responsável acrescenta: «Um público que apenas dedicará tempo aos conteúdos com os quais se possam identificar e onde encontrem valor.»