O que acontece ao nosso Facebook quando morremos?

Ao criar um perfil no Facebook, a questão da morte poderá não ser uma das principais preocupações do utilizador. Porém, tem sido um problema para a rede social, que se vê obrigada a tentar gerir os desejos do utilizador falecido e a vontade da sua família e amigos.

Para esclarecer aquilo que o Facebook pode fazer em situações destas, Monika Bickert, director of Global Policy Management da plataforma, explica quais são as ferramentas disponíveis – tendo em conta que o enquadramento legal é diferente consoante o país em que o Facebook está presente.

Em primeiro lugar, caso o Facebook não tenha recebido indicações por parte do utilizador relativamente ao que fazer em caso de morte, a tendência será para deixar tudo tal e qual como está. É adicionado o termo “Remembering” ao perfil para que os restantes utilizadores saibam que se trata de um memorial e não de uma página activa. As publicações continuarão com as definições de privacidade estabelecidas anteriormente, pelo que serão visíveis apenas para quem já as podia ver antes.

Caso não queiram o seu perfil transformado em memorial, o Facebook oferece aos utilizadores a opção de indicarem a eliminação da página após a sua morte. Existe também uma opção para quem quer deixar um gestor para a página: os utilizadores podem indicar alguém enquanto contacto de legado, com capacidade de mudar, por exemplo, a foto de perfil e aceitar pedidos de amizade. Este gestor poderá também decidir apagar a conta.

Monika Bickert esclarece ainda que o Facebook não tem permissão para fornecer o acesso a conversas privadas aos pais ou familiares dos utilizadores falecidos. Isto porque o outro interlocutor tem direito à sua privacidade e poderá não querer tornar o diálogo público.

«Apesar dos nossos esforços no sentido de respeitar os desejos de quem morreu e de quem lhes sobreviveu, ainda encontramos situações difíceis onde acabamos por desapontar alguém», comenta a responsável.

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