Produção portuguesa de calçado subiu 32,3% desde 2010
Portugal é o 17.º produtor mundial de calçado e o terceiro a nível europeu, Apenas Itália e Espanha ficam à frente. A conclusão é do World Footwear Yearbook 2017, estudo elaborado pela Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).
O mesmo relatório revela ainda que a produção portuguesa subiu 32,3%, em pares, desde 2010. Quanto ao preço médio de exportação, Portugal regista o segundo maior entre os principais produtores mundiais de calçado, situando-se nos 26,09 dólares (22,07 euros).
A produção mundial de calçado estabilizou, nos últimos três anos, nos 23 mil milhões de pares, o que contrasta com o crescimento de 15% verificado entre 2010 e 2014.
Relativamente às exportações mundiais de calçado, registou-se um aumento de 25% em volume e de 78% em valor, na última década, atingindo os 13,9 mil milhões de pares e os 122 mil milhões de dólares (103,3 mil milhões de euros), respectivamente. Tendo em conta apenas os últimos dois anos, as exportações caíram 6% em volume e 8% em valor.
No comércio externo, o continente asiático perdeu 2% na quota mundial das exportações desde 2010. A Europa, por seu turno, aumentou em 3% a sua quota, representando, actualmente, 13,5% das exportações globais.
O World Footwear Yearbook 2017 indica que a perda de quota da China não é sinónimo de transferência de capacidade produtiva para um único país. Índia, Vietname, Indonésia e Bangladesh fazem parte da lista de mercados que têm absorvido esta capacidade, bem como Portugal, Itália e México.
Tendências
O calçado de couro está a ser substituído por opções mais informais, como os ténis. A APICCAPS considera que a mudança reflecte-se num “crescimento do calçado com parte superior em materiais têxteis, tendencialmente com preço médio mais baixo que os sapatos com parte superior em couro”.
As exportações de calçado têxtil passaram de uma quota de mercado de 10% em 2006 para uma quota de perto de 30% no ano passado.