92% dos portugueses acha que a economia circular ajuda a preservar o ambiente
Sabe o que quer dizer “economia circular”? De acordo com o Barómetro Europeu do Consumo Observador Cetelem 2022, a probabilidade de que a resposta seja “sim” é elevada, até porque 94% dos portugueses tem uma percepção positiva deste conceito. No entanto, apenas 22% sabe como o definir exactamente.
Os dados do estudo demonstram que, a nível europeu, as disparidades são algumas, especialmente no que toca à zona leste da Europa. Por exemplo, 36% dos italianos é capaz de definir com precisão o conceito de economia circular, seguindo-se os alemães (29%), os espanhóis e franceses (28% em ambos) e os noruegueses com 26%. Contudo, somente 9% dos eslovacos tem uma ideia clara sobre o que representa.
Além de diferenças geográficas, também se encontram disparidades geracionais. Os que têm menos de 50 anos estão mais familiarizados com o significado de economia circular face aos que têm uma idade superior.
Porém, mesmo que o conceito não chegue a todos da mesma forma, o estudo conclui que as percepções gerais são muito positivas. Uma vez explicado, mais de 8 em cada 10 europeus encaram-no de forma positiva. Os portugueses são dos mais receptivos à ideia (94%), seguindo-se os italianos (93%). O leste volta a representar a região onde se encontram mais vozes dissonantes, sendo os checos um exemplo disso, embora a pontuação permaneça positiva (73%).
Esta percepção positiva da economia circular reflecte-se na associação a valores igualmente favoráveis: 85% dos europeus considera que a economia circular contribui para a preservação do ambiente e dos recursos naturais. Os portugueses e italianos são os mais propensos a expressar esta opinião (92%).
A segunda qualidade associada à economia circular é o facto de potenciar o desenvolvimento de produtos e processos inovadores, tendo sido destacada por 82% dos europeus, com os italianos e portugueses novamente mais entusiastas do que os restantes, ainda que não exista muita diferença entre países. A completar o pódio está a criação de empregos, apontada por 75% dos europeus.