92% dos consumidores opta por outra marca se for mais sustentável
As preocupações sociais e ambientais estão cada vez mais presentes no comportamento dos consumidores, uma realidade que a Escolha do Consumidor verificou num novo estudo, que pretende compreender os hábitos de consumo sustentáveis dos portugueses no âmbito do Dia da Terra, que se assinala a 22 de Abril.
Quando questionados sobre qual a primeira acção que lhes vem à cabeça ao pensarem em sustentabilidade, os inquiridos referem maioritariamente a Conservação Ambiental (35%) e as Fontes de Energias Renováveis (30%).
E a esmagadora maioria (92%) revela que está disposta a comprar outra marca caso esta seja mais sustentável. A restante percentagem dos consumidores prefere não trocar, tendo como os motivos mais frequentes: a lealdade à marca a que já estão habituados, o preço mais elevado, gostarem do produto ou serviço que utilizam e a sustentabilidade não ser um ponto crucial nas suas escolhas.
Além destes, a falta de informação clara sobre a sustentabilidade dos produtos e serviços é outra das barreiras indicadas à compra deste tipo de produtos.
No que diz respeito ao momento de compra, 41% dos consumidores opta por marcas mais sustentáveis quando vão às compras, enquanto 59% compra artigos com que já está familiarizado. Por outro lado, quando se fala das embalagens dos produtos, 46% dos consumidores afirma que, sobretudo quando há opções mais sustentáveis disponíveis, a embalagem é um factor decisivo na compra. Apenas 12% não concorda que este seja um factor decisivo.
Questionados ainda se a lealdade dos consumidores às marcas pode ser influenciada tendo em conta as iniciativas sustentáveis da empresa, 76% responde que sim e somente 24% garante que não influencia a sua escolha, neste caso com a justificação a estar maioritariamente ligada ao preço.
Já nas práticas sustentáveis que podem garantir um futuro para as próximas gerações, os consumidores nomeiam, essencialmente, as seguintes opções: eliminar o plástico descartável (19%), optar por meios de transporte mais sustentáveis, como bicicletas, transportes públicos ou carros eléctricos (17%) e investir em energias renováveis (17%).
«Vivemos um novo paradigma onde a sustentabilidade está associada cada vez mais ao nosso consumo. Isso é visível neste estudo, em que a redução das emissões de carbono por parte das empresas, a inovação tecnológica que o serviço ou produto incorpora de forma a reduzir o impacto ambiental e o impacto social por detrás dos artigos e serviços são os parâmetros com maior relevância para os consumidores», explica, em comunicado, Cristiana Faria, directora de Marketing da ConsumerChoice.