9 princípios que os líderes da indústria seguradora devem seguir

O mais recente relatório da McKinsey & Company focado na indústria seguradora dá conta de dificuldades em gerar lucro, mas também aponta oportunidades na sequência da pandemia de Covid-19. De acordo com a análise “Global Insurance Report 2022”, a palavra de ordem deverá ser adaptação se o objectivo for criar valor.

«A indústria está à beira de uma mudança de paradigma – e as seguradoras enfrentam questões estratégicas fundamentais. Antecipar e preparar-se para as tendências emergentes assume uma importância sem precedentes», sublinha Rui Neves, sócio sénior da McKinsey & Company.

Com estes desafios em mente, a consultora aponta nove nove princípios que as equipas de liderança devem seguir:

  • Fazer dos princípios ambientais, sociais e de governança (ESG) uma característica central no modelo de negócio. Embora muitas seguradoras tenham começado a incorporar o risco climático nos seus processos de investimento, muitos dos novos lançamentos de produtos e processos de subscrição mantêm-se maioritariamente inalterados.

 

  • Recuperar a relevância através da inovação de produtos e cobertura de novos riscos. Novos riscos exigem novos produtos e uma realocação de prioridades e representam oportunidades significativas para seguradoras dos ramos vida e não vida que estão dispostas a inovar.

 

  • Melhorar e personalizar o envolvimento e a experiência do cliente. Uma experiência ininterrupta e omnicanal é agora o padrão de ouro para as seguradoras.

 

  • Envolver-se com o ecossistema e as insurtechs. A investigação da McKinsey sugere que os ecossistemas poderiam abranger cerca de 70 biliões de euros de lucro em 2030. Muitos executivos nesta indústria estão agora a estudar formas de se envolverem com os ecossistemas emergentes em áreas como a mobilidade, saúde e a casa conectada.

 

  • Desenvolver novos negócios para a era digital. Os investidores privados identificaram potencial para melhorar e uma perspectiva não muito distante de rendimentos atractivos nos seguros.

 

  • Escalar o impacto a partir de dados e analytics. Os líderes vêem um enorme potencial na capacidade dos dados e analytics em toda a cadeia de valor, mesmo para as empresas como melhor desempenho.

 

  • Modernizar as principais plataformas tecnológicas. A digitalização está a pressionar os sistemas mais datados, alguns dos quais com décadas de existência, e muitas seguradoras estão a considerar uma substituição dos sistemas base por plataformas tecnológicas que suportem os requisitos da era digital.

 

  • Endereçar o imperativo da produtividade. Cada operadora é única, mas qualquer empresa pode começar o seu processo de melhorar a produtividade ao estabelecer a trajectória e o potencial de desempenho total do negócio em toda a cadeia de valor – incluindo nas vendas e distribuição, desenvolvimento de produto, operações, tecnologia e funções corporativas.

 

  • Repensar a cultura, diversidade e formas de atrair e reter talento. O regresso ao local de trabalho é uma oportunidade de começar um novo e mais eficaz modelo operacional, que funciona para empresas e pessoas num mundo de crescente incerteza.
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