80% dos portugueses vai gastar menos em presentes de Natal

Nos próximos meses, que serão marcados pela quadra festiva e pelo seu impacto, não há a intenção de poupar. A conclusão é de um estudo sobre as intenções de consumo neste Natal, desenvolvido pelo Observador Cetelem, que implicou a realização de 500 entrevistas telefónicas a indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal Continental.

As medidas de austeridade terão influência nos gastos a médio e longo prazo, bem como nas compras de Natal. 80% dos envolvidos no estudo mostrou intenção de gastar menos em presentes de Natal do que no ano passado. O gasto médio será de 126 euros, o que reflecte uma quebra de 35% face ao ano anterior. 63% vai recorrer ao subsídio de Natal para comprar presentes, ao passo que 1/5 dos envolvidos no estudo já não beneficia desse subsídio.

Ao que o estudo do Observador Cetelem pôde apurar, a utilidade e o preço serão os principais critérios de escolha de presentes de Natal. Num outro ponto, foi verificada uma diminuição da intenção de compra de presentes para o próprio. A categoria de telemóveis foi a mais afectada. Ainda assim, mantém-se a intenção de comprar brinquedos e produtos culturais para oferta.

Vestuário, perfumes/relógios e produtos culturais serão, neste Natal, as categorias de presentes mais desejadas. De referir, ainda, que houve uma subida na intenção de compra dos presentes de Natal no canal Hipers/Supers e Lojas “do Chinês”.

A tendência aponta, no entanto, para que as compras sejam feitas nos Centros Comerciais, duas semanas antes do Natal, continua o estudo sobre as intenções de consumo nesta quadra. 12% dos inquiridos afirmou consultar a internet antes de comprar, e 18% prefere esperar pelas promoções pós-Natal.

Da fatia de 40% dos inquiridos que possui cartão de crédito, 24% referiu que vai utilizá-lo nas compras de Natal deste ano, o que reflecte um aumento face ao ano passado. De facto, em 2011, dos 34% que detinha cartão de crédito, 18% mostrou intenção de utilizá-lo nesta fase. Não obstante, há uma intenção de diminuir o gasto médio com os cartões de crédito, de 260 euros em 2011 para 251 euros, este ano.

Metade dos inquiridos continuará a recorrer aos cartões de fidelização das marcas, ainda que numa menor escala do que no ano passado.

Já perante a questão “Se sentisse necessidade de pedir dinheiro emprestado, a quem recorreria?”, 21% escolheu amigos e família, e 28% a banca tradicional.

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