80% dos portugueses assume dependência excessiva dos carros
Cerca de 80% dos portugueses assume dependência excessiva dos carros como um dos grandes problemas urbanos, revela um estudo realizado pela Bolt, cujos resultados são partilhados no âmbito da campanha “Cities for People”, que alerta para a importância de construir espaços a pensar nas pessoas.
Os dados demonstram que 80,2% dos inquiridos concorda ainda que as cidades deveriam tomar medidas para reduzir o número de viaturas privadas. A sustentar esta teoria há uma maioria de portugueses a destacar o trânsito (82,4%), a poluição atmosférica (77,1%), a poluição sonora (69,8%), o custo de infraestruturas para carros (53,6%) e os acidentes com este tipo de veículos (61,2%) como os problemas mais preocupantes das cidades.
Embora a maioria dos inquiridos reconheça a dependência dos veículos como problema, cerca de 80% tem viatura própria e destaca a sua comodidade (48,2%), a poupança de tempo que permite (46,5%), bem como a necessidade de transportar família (41,6%) como principais factores e vantagens.
No entanto, há também uma expressa vontade em mudar o cenário: 69,2% das pessoas gostava de ver um aumento de espaços sem carros na cidade, bem como uma extensão dos transportes públicos (84,6%) – o meio alternativo que mais utilizam (54,1%), imediatamente antes aos TVDE (34,7%).
«Queremos inspirar autoridades, entidades e moradores a pensar como seriam as suas cidades se fossem construídas em torno de pessoas e não de carros. Queremos educar para novas alternativas de mobilidade partilhada, como trotinetes e bicicletas eléctricas, transportes públicos e até o próprio andar a pé. É sobre um futuro melhor para as cidades que esta campanha assenta, mas, mais do que isso, é para esse futuro que trabalhamos todos os dias», diz, em comunicado, Bárbara Costa, responsável de Marketing da Bolt em Portugal.