8 dicas para comprar online em segurança. Das passwords às reclamações

Com a pandemia veio a ascensão do comércio electrónico e com ele novos perigos para os internautas. Com os espaços comerciais fechados, muitos consumidores habituaram-se a comprar online e a receber as suas encomendas em casa, mas este tipo de alternativa requer alguns cuidados especiais.

Dados do Portal da Queixa mostram que, em 2020, o número de reclamações referentes a burlas online aumentaram 69% face ao ano anterior. Ainda que a maioria das transacções decorra sem problema, dados como este levaram o Unibanco a elaborar um guia com oito dicas para compras online em segurança.

“O melhor para estas situações é estar informado sobre todos os cuidados que ajudam a reforçar a segurança das compras online”, indica a instituição financeira em comunicado. Conheça todos os conselhos:

1 – Confirme a origem do pedido. Emails ou mensagens de contactos desconhecidos e/ou com erros ortográficos são sempre motivo de alerta, sobretudo se apelam a uma acção como clicar num link ou enviar dados pessoais. A melhor solução será reportar esse contacto e, no caso de se fazer passar por uma entidade da sua confiança (como o seu banco, por exemplo), denuncie a situação à respectiva instituição financeira;

2 – Confirme também a autenticidade das páginas a que acede. Uma boa táctica para saber se é seguro comprar online em determinado website é verificar se o URL é o correcto e se está bem escrito. Além disto, procure sempre o cadeado de ligação segura ou o “https”, protocolo que certifica que o site é seguro – atenção que este terá de ter sempre um “s”, no final. Poderá, em acréscimo, pesquisar a reputação da loja virtual nas redes sociais ou nos portais de queixa. Isso significa que existe uma encriptação SSL (Secure Sockets Layer) instalada;

3 – Utilize passwords diferentes e seguras. As passwords são pessoais e intransmissíveis e se, idealmente deveríamos ter uma senha de acesso diferente para cada conta, esta recomendação pode ser difícil de concretizar no dia-a-dia. Nesse sentido, e para tornar o processo totalmente seguro, o recomendável será utilizar um gestor de passwords – que muitos dispositivos já têm – que vai permitir gerar acessos aleatórios e com a mistura certa de letras, capitulares, números e símbolos. Mas atenção: não se esqueça da password que adoptar para este software;

4 – Tenha atenção aos dados que fornece. Independentemente do canal utilizado – website, SMS ou chamada telefónica – nunca forneça dados confidenciais ou pessoais que não sejam os estritamente necessários para a realização de uma compra ou transacção. Por exemplo, à partida nenhuma marca necessita de saber o seu número de cartão de cidadão ou a data de nascimento. Também não há nenhum motivo para guardar os dados do cartão de crédito para “compras futuras” – o aconselhado será voltar a digitá-los em compras futuras;

5 – Proteja o seu computador. Porque a segurança nunca é demais, proteger o computador é também um passo muito importante – mesmo para quem já tem os cuidados mais básicos. Utilizar um antivírus que ofereça uma solução de protecção completa – firewall, anti-malware, anti-spyware, uma Virtual Private Network (VPN) – e, ao mesmo tempo, manter o seu sistema operativo actualizado são o reforço de segurança necessário para manter os seus dados seguros. Além disto, não abra, nem execute ficheiros ou anexos de emails sem os ter validado antes com um antivírus actualizado;

6 – Não efectue compras online em público. Para uma maior protecção dos seus dados, sobretudo quando está a efectuar uma compra online, evite utilizar redes de internet de acesso público, como as de espaços comerciais. Manter-se longe de olhares ou ouvidos mais curiosos é também muito importante, porque no meio de toda esta tecnologia um curioso a espreitar por cima do ombro pode ser a forma mais fácil de apanhar o número cartão de crédito, prazo de validade e os três dígitos de segurança;

7 – Tenha atenção ao extracto de movimentos. Mesmo adoptando todas as recomendações até agora apresentadas, nunca é demais acompanhar todos os movimentos do seu cartão de forma recorrente. Caso exista qualquer movimento estranho, ou do qual desconheça a origem, pode ser mais rápido a detectar e entrar em contacto com a instituição financeira. E não se esqueça: nunca utilize um cartão de débito para compras online, pois estará mais protegido com um cartão de crédito;

8 – Reclame, reclame, reclame. Quando tudo falha, saiba que tem o direito de apresentar uma reclamação, tanto às associações de defesa do consumidor, como junto da linha de resolução de litígios criada pela União Europeia.

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