71% dos portugueses não dorme o suficiente

Os portugueses andam a dormir pouco e, além disso, andam a dormir mal. Um estudo realizado pela Conforama revela que 71% dos portugueses descansa sete ou menos horas por dias, ainda que reconheçam que deveriam dormir pelo menos mais uma hora. Isto significa que apenas três em cada 10 dormem as oito horas diárias recomendadas.

O mesmo estudo indica que as principais causas para a falta de descanso estão relacionadas com maus hábitos: 63% deita-se por volta da meia-noite ou mais tarde e 28% só chega à cama depois da 1h. Quanto à falta de descanso, 49% dos portugueses diz ter um sono irregular, acordando já cansado – apenas 21% afirma ter um sono profundo. Acordar durante a noite, stress e colchão desconfortável são os principais culpados das noites mal dormidas.

Em termos de perfil, os habitantes da área metropolitana de Lisboa são os que dormem menos horas por dia (74% dorme sete ou menos), estando a região Norte (70%) e Centro (69%) à frente. A Conforama desvenda ainda que os homens dormem, em média, menos horas por noite do que as mulheres e que 61% dos portugueses dorme acompanhado. Curiosamente, uma em cada cinco pessoas admite que dormir com outra pessoa afecta o seu sono devido a aspectos como ressonar, dar voltas na cama e calor.

Por fim, a marca de colchões e mobiliário conclui que não se investe o suficiente num bom colchão. Três em cada cinco inquiridos afirmam que ter um bom colchão é fundamental para garantir qualidade de sono, a par de uma boa alimentação e temperatura ideal no quarto. Na hora de comprar, o conforto e a saúde são os aspectos mais valorizados pelos portugueses, mas um em casa três escolhe o modelo consoante o preço.

Com base nos dados recolhidos, a Conforama levou a cabo uma campanha que pretendia sensibilizar a população para a importância de um bom descanso e do impacto que tem na qualidade de vida. A campanha “E você, tem #camitis?” levou à organização do evento “Cama Gigante por uma Boa Causa”, que propunha deitar 100 pessoas numa cama gigante com seis metros de largura.

Os 24 colchões individuais que compunham a estrutura utilizada para a acção foram doados às AEIPS – Associação para o Estudo e Integram Psicossocial.

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