66% dos directores de Marketing já usa Branded Content

Uma das grandes tendências para o mercado português este ano dá pelo nome de Branded Content. De acordo com o 2.º Barómetro de Comunicação elaborado pela Associação Portuguesas das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM), 66% dos directores de Marketing e Comunicação já recorre este tipo de conteúdos, especialmente através de ferramentas como artigos (65,7%), vídeos (62,9%) e imagens para social media (57,1%).

O mesmo barómetro – fruto de um inquérito a 50 directores de grandes empresas – indica que mais de metade dos inquiridos (54,3%) irá aumentar o orçamento para esta área e que o retorno tem sido avaliado através da análise do engagement gerado (57,1%).

Os influenciadores, por seu turno, apesar de já serem uma tendência ainda não apresentam números tão relevantes, de acordo com a APECOM: a maioria não recorre a este tipo de comunicação (24,6%) ou utiliza apenas raramente (37,7%). Contudo, a previsão aponta para um aumento do orçamento nesta área, com subidas pouco acentuadas (24,5%) ou mais significativas (26,4%).

Relação com as agências de comunicação

Assessoria de imprensa, produção de suportes e infra-estruturas de comunicação (papel, vídeo e digital), aconselhamento e planeamento estratégico, comunicação institucional e gestão de reputação de organizações e pessoas são os serviços mais valorizados na relação com agências de comunicação. Os directores de Marketing inquiridos mostram-se, também, atentos a características como capacidade de resposta, disponibilidade da equipa e qualidade do aconselhamento.

Destaque ainda para uma maior preocupação com a exclusividade: em 2016, 62,2% dos inquiridos considerava este factor fundamental; este ano, sobe para 73,6%. No entanto, 64,7% não se mostra disponível para pagar por isso.

O barómetro da APECOM revela também que os modelos de remuneração preferidos são os que aliam fee fixo e success fee, apontando a evolução da reputação e da imagem (36,7%) e a análise qualitativa e quantitativa das mensagens (26,5%) como indicadores de mediação. De acordo com a associação, o ROI perde espaço face a 2016.

O modelo de contratação privilegiado, por outro lado, é o concurso, ainda que tenha caído cerca de 10% relativamente há dois anos.

O 2.º Barómetro de Comunicação foi desenvolvido em parceria com a APCE e Universidade do Porto.

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