64% dos portugueses acredita que os preços aumentaram com a pandemia

A maioria dos consumidores portugueses (64%) acredita que os preços aumentaram de um modo geral no fim do estado de emergência. Um estudo elaborado pela Equação Lógica mostra que 51% percepciona uma subida entre 1 e 10%, ao passo que 36% dá conta de uma escalada de preços na ordem dos 11 a 30%.

Esta percepção em relação ao preço é acompanhada por mudanças significativas a nível da situação laboral. Um quarto dos inquiridos pela Equação Lógica refere manter o seu emprego tal e qual como estava, ao passo que 25% está em teletrabalho.

Os restantes dividem-se entre lay-off (10%), situação continuada de desemprego (10%), redução de horário/salarial (9%), desemprego na sequência do COVID-19 (8%), subsídio de assistência aos filhos menores de 12 anos (2%) e outra (11%).

“Além das dificuldades em tempo de COVID-19, como a privação da liberdade, a disrupção nos hábitos e nas rotinas diárias, a distância social e a ausência do contacto físico, é clara a maior vulnerabilidade não só física, mas também financeira e a incerteza quanto ao futuro”, sublinha a Equação Lógica.

Precisamente sobre o futuro, o mesmo estudo nota que 46% dos portugueses não planeia fazer férias este ano. Entre aqueles que continuam a apontar a alguns dias descanso fora de casa, Portugal é o destino mais apontado, sendo que o Algarve é a opção preferida. Seguem-se as regiões Norte e Centro.

A predilecção por Portugal não parece ser uma consequência do novo coronavírus e das limitações impostas às viagens. Passar férias dentro das próprias fronteiras é uma opção habitual para a maioria dos inquiridos, principalmente entre os que têm mais de 35 anos.

Apenas 6% dos inquiridos mantém os planos de fazer férias fora de Portugal este ano. O estudo foi elaborado com base em entrevistas online a cerca de 300 pessoas, entre os 18 e os 64 anos, residentes na Grande Lisboa e Grande Porto.

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