56% dos apostadores online joga em sites ilegais
Um inquérito realizado em Portugal Continental revela que 56% de quem aposta online – seja em plataformas dedicadas a desporto ou em jogos de fortuna e azar – fá-lo em sites legais e ilegais. A conclusão tem por base os jogadores que se encontram registados, explica a Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO), responsável pela análise.
Verifica-se, no entanto, um aumento no número de jogadores que usa exclusivamente operadores licenciados: 42% para quem se registou em 2016 e 68,9% no caso de jogadores registados só este ano.
Entre os que jogam nos dois tipos de sites, apenas 6% aposta exclusivamente através de sites não licenciados. Por outro lado, 44% aposta em exclusivo em sites legais. «Estes dados vêm demonstrar uma evolução muito favorável no crescimento do mercado licenciado. Trata-se de um sinal positivo, embora consideremos na APAJO que ainda há muito a fazer no combate ao jogo não licenciado no online em Portugal», comenta Gabino Oliveira, presidente da associação.
O mesmo estudo indica que cerca de 94% dos inquiridos já jogou a dinheiro este ano, sendo que as estimativas apontam para entre 400 e 600 mil apostadores únicos online em Portugal – o que correspondente a entre 4,6 e 6,9% da população adulta no País.
Gabino Oliveira considera que o caminho passa pela fiscalização, controlo e bloqueio dos pagamentos que são feitos em sites ilegais, mas também pela comunicação. «São os jovens entre os 18 e os 24 anos quem mais aposta em plataformas não licenciadas, quase 53%, um número que vemos descer para os 29,4% no grupo dos 25 aos 34 anos. Face a estes dados defendemos a realização de uma campanha de jogo responsável, focada nos mais jovens ao mesmo tempo que combatemos de forma eficaz os sites ilegais», adianta o responsável.
No geral, as apostas desportivas parecem ser as preferidas dos apostadores registados em Portugal, sendo eleita por 66,7%. Além disso, o estudo indica que a maioria (62,5%) gasta menos de 50 euros por mês nos jogos online legais. O estudo foi encomendado pela APAJO à Aximagem e inclui 609 entrevistas efectivas.