51% dos portugueses prefere interagir digitalmente com as marcas
O novo estudo da McKinsey, “Digital Sentiment Survey 2022”, revela que mais de metade dos consumidores portugueses (51%) prefere interagir de forma totalmente digital com marcas e empresas, 33% prefere ter uma interacção física e 16% prefere interagir digitalmente, mas com assistência humana.
Contudo, as conclusões demonstram igualmente que todos os sectores em Portugal perderam utilizadores digitais, à excepção da Banca, que registou um aumento no grau de satisfação relativamente à utilização de canais tecnológicos (+1 ponto percentual).
Segundo o relatório, Portugal aparece na 17.ª posição num total de 19 países europeus que integram o ranking referente à adopção digital. Comparando 2021 com 2022, o número de indústrias digitalizadas em Portugal – ou seja, qualquer indústria onde, nos últimos seis meses, os utilizadores tiveram interacções digitais ou remotas (tendo em conta a média por utilizador) – diminuiu de 4,9 para 4. Nos diferentes sectores, a diminuição média é de -13 pontos percentuais e a maior perda registou-se na educação, no retalho e na saúde.
Quanto aos motivos de insatisfação perante o uso destes canais, é apontado o facto de haver menos opções disponíveis, assim como dificuldade em saber se os produtos vendidos online se adequam às necessidades dos utilizadores e uma fraca experiência do utilizador (UX).
«Os investimentos em TI na Europa têm aumentado de forma a corresponder à oportunidade, mas grande parte desses investimentos não é dirigida às áreas que os próprios consumidores mais valorizam. As empresas devem apostar na concentração mais eficaz das suas energias digitais. Essa será uma prioridade importante para as empresas que procuram proteger-se das consequências dos conflitos geopolíticos e da insegurança económica», afirma, em comunicado, Benjamim Vieira, sócio da McKinsey & Company.
Os dados revelam ainda que, numa escala de 1 a 5, o governo assistiu a uma diminuição de 3,7 para 3,5, enquanto os serviços de telecomunicações registaram um aumento de 3,5 para 3,6. Relativamente ao sector dos media e entretenimento, 64% dos consumidores portugueses admite ter subscrito serviços de TV/filmes, 55% comprou estes produtos digitais on demand e 55% consumiu-os gratuitamente.
E no que toca ao impacto nas futuras interacções digitais, a maioria dos inquiridos portugueses (81%) diz estar familiarizado com a tendência do metaverso e da realidade virtual, bem como com a inteligência artificial (91%). Quanto aos NFTs, apenas 64% diz conhecer a tendência.