50% dos portugueses quer passar menos tempo em frente a ecrãs

Grande parte dos portugueses tem, neste momento, acesso ao mundo digital e online através de dispositivos móveis de comunicação, como smartphones ou computadores portáteis. De acordo com um novo estudo elaborado pela Deloitte, a taxa de penetração de telemóveis de última geração nos consumidores entre os 18 e os 65 anos é de 94% em território nacional, sendo que 87% desses portugueses tem também acesso a um computador portátil.

Contudo, as conclusões revelam também que, apesar da utilização generalizada de dispositivos tecnológicos, metade dos consumidores nacionais afirma que gostaria de passar menos tempo a olhar para ecrãs. Esta vontade é especialmente acentuada nos consumidores entre os 18 e os 44 anos.

Ainda assim, mais de metade dos inquiridos (52%) fica acordado até mais tarde do que o planeado por estar em frente a um dispositivo e utiliza o seu smartphone assim que acorda (63%), sendo ambas as tendências mais notadas entre os portugueses com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos.

As interacções sociais a partir dos dispositivos móveis ficam também patentes no “Digital Consumer Trends”, com 78% dos portugueses a afirmar utilizar diariamente redes sociais e serviços de mensagens. Além disso, 80% dos entrevistados tem pelo menos um dispositivo ligado à internet em casa. Os mais comuns são as smart TVs (58%), as consolas de jogos (39%) e os dispositivos de streaming de vídeo que se conectam à TV (24%).

«Estamos a atingir um plateau na utilização dos dispositivos: depois do crescimento acentuado no período da pandemia, a adopção de novos dispositivos abrandou. Poderíamos argumentar que isso se deve ao facto de a maioria dos portugueses já ter telemóveis ou acesso a portáteis, mas a verdade é que a sua utilização caiu. A reforçar esta tendência há a existência de uma vontade crescente de desligar os dispositivos e passar menos tempo em frente a um ecrã, sobretudo nas gerações mais novas. Não confundir, no entanto, estes dados com o impacto cada vez maior da tecnologia e do mundo virtual nas nossas vidas, e do potencial existente em inovações como o metaverso ou os NTFs», comenta, em comunicado, Francisco Cal, associate partner da Deloitte.

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