Portugal não pode parar!
Ricardo Florêncio
Director Editorial Marketeer
Editorial publicado na edição de Abril de 2013 da revista Marketeer
Há dias, num fórum com jovens ainda de liceu, e portanto a base do nosso futuro, ouvi comentários preocupantes, arrepiantes mesmo.
Mas irei focalizar a minha atenção nos pontos positivos.
Diziam eles que não acreditam em quase nada: não acreditam no nosso sistema político, nos nossos políticos, nas instituições, no Estado, na justiça, etc. Mas acreditavam nas pessoas, nos trabalhadores, nos empresários, nos gestores, nas empresas. E que esses eram o caminho, para o futuro de e em Portugal.
Ora, eu também acredito que são as pessoas, os gestores, as empresas, a chave para o nosso futuro, a chave que possibilitará abrir-nos uma porta de esperança. Ao Estado caberá o seu papel regulador, mas não despesista, pelo que tem de ser a nossa capacidade de trabalho, de inovação, e a vontade das empresas em andar para a frente, que nos possibilitará sairmos da situação em que nos encontramos. E não vale a pena olhar para trás, nem para o lado, à espera de algum conforto, de alguma confiança que o Estado possa dar, pois hoje em dia não vai encontrar. O Estado já não tem essa capacidade.
E também não vale a pena estarmos à espera. Portugal tem estado à espera. Está tudo sempre à espera de qualquer coisa. E, deste modo, têm de ser mesmo as empresas, os seus responsáveis, os seus trabalhadores, a colocarem em marcha os planos de desenvolvimento, pois não podem parar. Não podem parar de produzir, de vender, de inovar, de se promoverem, de comunicarem.
E faça-se justiça, e agradeça-se, a um conjunto de empresas, empresários e gestores, que, apesar de todas as vicissitudes que atravessamos, não têm parado de investir no desenvolvimento e promoção das suas actividades, possibilitando que muitos outros sectores de actividades correlacionados também possam continuar a trabalhar.
O meu muito obrigado!