4 tendências do Digital Marketing para 2020
Por Tiago Almeida Nogueira, Digital Marketing strategist no Grupo Salvador Caetano, consultor e formador de Marketing Digital
Porque é que ninguém fala do que é que vai mudar em 2020? Será que não é quase nada que nem vale a pena falar disso? Há novas tecnologias a surgir em cada esquina, que vêm mudar a forma como pensamos e trabalhamos no nosso dia-a-dia. As mudanças que o Facebook vai introduzir, as estratégias de smart bidding da Google, bem como as novas redes sociais que se tornam trend são alguns dos nossos afazeres diários e sobre os quais temos de estar constantemente a par. Mas será que isso chega? Será que isso são as grandes tendências para 2020? As que enumero são aquelas que acredito serem realmente disruptivas em 2020.
1 – Personalização
Enquanto utilizadores já nos perguntámos se nos identificamos com aqueles conteúdos que estamos a criar para a nossa audiência? Estamos a criar conteúdo que não é personalizado e que não gera impacto na nossa audiência. “Eles” até podem gostar ou estar interessados naquilo que apresentamos, mas será que se identificam? É algo complexo? Claro que não. Uma estratégia de automação de e-mail é do mais simples que existe e, em vez de termos uma base de dados global, podemos ter vários segmentos da mesma e trabalhar diferentes clusters de subscritores que podem ter interesses diferentes para o nosso negócio;
2 – Posição 0º dos Search Engine Results
Quando pensamos em SEO e que o foco das marcas é alcançar o primeiro lugar da pesquisa, sabemos que a missão mudou: a posição que queremos agora é o lugar 0! Esta featured snippet é algo que o Google oferece como o primeiro resultado que pode responder à nossa pesquisa. Em Fevereiro de 2016, o HubSpot fez um estudo no qual mostrou que ficar na posição 0 aumentou em 114% o click through rate, mesmo quando eles detinham a posição 1 para essas posições;
3 – Soluções analíticas mais complexas
Ferramentas como o Amplitude ou o Mixpanel focam-se no comportamento do consumidor, enquanto ferramentas como o analytics, que apesar de ser brutal não deixa de ser gratuita, focam-se nas sessões. Num mundo cada vez mais martech (marketing e tecnológico) é fundamental dar o salto para ferramentas que se foquem cada vez mais no lifetime value dos clientes e não tanto em receitas de forma isolada. O Google Data Studio, apesar de gratuito, é uma ferramenta como o Amplitude ou o Mixpanel só que não tão complexa. A cross-device analysis é fundamental para trabalhar as nossas decisões baseadas em data-driven e estas ferramentas permitem isso de uma forma simples através do match dos client IDs;
4 – Voice Search Optimization
O que muda com a introdução do voice search em paralelo com a web search? Primeiro, lembrar que a voice search é algo mais natural e no sentido conversacional, que levará a pesquisas mais longas, e que não procuraremos por termos tão curtos. Cada vez mais popular nas gerações mais jovens, a voice search é a maior transformação digital dos tempos modernos. Mas como é que trabalhamos a optimização para voice search? Focar mais na search semântica e no user intent. As long tail keywords, que não são nenhuma novidade, serão uma aposta cada vez mais recorrente na voice search. O mercado do voice search cresceu 187% no 2.º quadrimestre de 2018, segundo um estudo da Canalys.
Ironia do destino que o mundo digital evolui à velocidade da luz e apenas as empresas e agências que se tornem martech é que sobreviverão, entregando conteúdos criativos com recursos a ferramentas tecnológicas que criem valor para o cliente e o consumidor.