36% das pessoas acredita que a Inteligência Artificial vai acabar com o seu emprego

Uma em cada três pessoas (36%) acredita que a Inteligência Artificial vai eliminar o seu emprego. A conclusão é do estudo “AI at Work: What People Are Saying”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG), que inquiriu 12.800 pessoas, desde colaboradores a líderes, em 18 países em todo o mundo para compreender de que forma a evolução da IA teve impacto no seu trabalho.

Os dados revelam que as opiniões consoante a região geográfica. Os inquiridos mais optimistas são provenientes do Brasil (71%), Índia (60%) e Médio Oriente (58%), em oposição aos EUA (46%), Países Baixos (44%) e Japão (40%), que apresentam os valores mais baixos. As regiões mais preocupadas com a tecnologia são os Países Baixos (42%), França (41%) e o Japão (38%), enquanto no outro extremo estão o Médio Oriente (25%), o Brasil (19%) e a Índia (14%).

A nível global, mais de metade dos inquiridos (52%) classifica o optimismo como um dos seus dois principais sentimentos, um salto de 17 pontos em relação a 2018, quando este inquérito foi realizado pela última vez. A preocupação registou o declínio mais acentuado, caindo de 40% para 30%.

Dentro das organizações, enquanto 62% dos líderes estão optimistas em relação à IA, esse valor baixa para 42% entre os colaboradores. A maioria (62%) dos utilizadores regulares de IA generativa estão optimistas em relação à mesma, em comparação com 36% dos não utilizadores. Oito em cada dez líderes refere que utiliza regularmente ferramentas de IA generativa, em comparação com apenas 20% dos colaboradores, que constituíam a maior percentagem de não utilizadores (60%) de ferramentas de IA generativa em geral.

Mais de um terço dos inquiridos pensa que é provável que o seu emprego seja eliminado pela IA. Para se prepararem para os efeitos desta tecnologia no trabalho, 86% acredita que irá precisar de formação para aperfeiçoar as suas competências. No entanto, apenas 14% dos colaboradores afirma ter recebido formação de actualização de competências, em comparação com 44% dos líderes.

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