356 euros: 60% dos portugueses vai gastar menos em compras este Natal

Os portugueses prevêem gastar, em média, 356 euros em compras de Natal, um valor que reflecte uma diminuição de 5,5% face ao ano anterior (377 euros). A instabilidade económica tem impacto no comportamento dos consumidores, com 60% a afirmar que vai gastar menos do que no ano passado, enquanto 27% estima gastar o mesmo, segundo a 15.ª edição do estudo Compras de Natal realizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM).

O estudo, que analisa os hábitos dos portugueses nesta altura do ano, revela que 56,8% dos inquiridos alterou os hábitos de consumo, nomeadamente no que se refere à redução de custos com compras de Natal (40,8%) e à diminuição do número de pessoas para as quais compra prendas de Natal (36,7%).

Dos inquiridos que responderam que vão gastar menos do que no ano passado, destaca-se a redução nas ornamentações de Natal (86%), bem como nos presentes para os adultos (81%). Apesar de menos significativo, 33% dos inquiridos afirma que fará reduções nos produtos alimentares específicos de Natal. Os inquiridos que referem que irão gastar um valor superior ao gasto em 2022, indicam em 52% dos casos que esta alteração se deve ao aumento do preço generalizado dos produtos.

Além disso, 23% (25,1% em 2022) dos respondentes afirma que não vai comprar presentes de Natal. Em relação àqueles que vão comprar presentes verifica-se que, nos agregados familiares com filhos (55% dos inquiridos), estes são, em 100% dos casos, contemplados com presentes de Natal.

Online continua a ser uma opção preferida

A pandemia trouxe um aumento do comércio electrónico, mas as compras online continuam a ser a opção preferida de 26% dos portugueses. Depois do online, o local de compra com maior preponderância é o centro comercial (19%). O comércio de rua recebe a preferência de 12% dos consumidores, um ligeiro crescimento face ao ano anterior (10%). Mas há vários consumidores que preferem aliar as várias opções de compra: centros comerciais, comércio de rua e online (15%) e centros comerciais e comércio de rua (16%).

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