33,6% dos portugueses já foi vítima de um cibercrime e mais de metade alvo de tentativa
Mais de metade dos consumidores portugueses (55,2%) já foi alvo de uma tentativa de burla online e 33,6% já foi vítima de um cibercrime. As conclusões são de um estudo sobre segurança online desenvolvido pelo Portal da Queixa no âmbito do Dia Mundial do Consumidor, que se assinala hoje.
À questão “Sabe identificar uma burla/esquema fraudulento?”, 29% dos inquiridos responde que “não” e à pergunta “Que cuidados tem para garantir mais segurança online?”, apenas 43,4% dos inquiridos admite utilizar sempre redes seguras. Somente 49,9% afirma aceder exclusivamente a sites seguros.
Quando o cenário é relativo a uma mensagem/email que possa suscitar dúvidas, ainda que a maioria “ignore ou apague”, há 12,7% que responde “Entro em contacto com o remetente real para perceber se enviou a mensagem/email” e 0,8% que admite “Confio no remetente, mesmo que a mensagem me pareça estranha.”
Sobre os esquemas fraudulentos conhecidos pelas pessoas abrangidas pelo inquérito, 87% diz conhecer os esquemas de burlas por SMS e e-mail e 81,7% já ouviu falar de phishing. Seguem-se os esquemas através de sistemas de pagamentos electrónicos, como MB Way ou Revolut, (58,6%) e Spyware (57,7%). As maiores lacunas evidenciam-se nos seguintes tipos de ataque informático: ransomware (43,2%), roubo da conta de WhatsApp (19,8%), SIM card swap (14,2%), pharming (7%) e shoulder surfing com apenas 6,1% a admitir conhecer este esquema.
«Este estudo só vem comprovar o que temos vindo a reforçar ultimamente: há uma evidente iliteracia digital que é preciso colmatar com informação e conteúdo fidedigno, que ajude os consumidores neste campo. É igualmente importante denunciar sempre os casos, pois só a partilha pública dessas experiências permite alertar outros consumidores, marcas e entidades, mobilizando-se a sociedade do problema para a solução», salienta, em comunicado, Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa e embaixador da Comissão Europeia para os Direitos do Consumidor.