33% dos colaboradores já utiliza IA nas suas funções, mas apenas 13% recebeu formação

Actualmente, 53% dos colaboradores em todo o mundo considera que a IA tem um impacto nos seus sectores e funções. No entanto, apenas 13% dos colaboradores recebeu formação em IA no último ano, embora um em cada três (33%) afirme que já utiliza a IA nas suas funções quotidianas.

A conclusão é do estudo “Workmonitor Pulse Survey”, elaborado pela Randstad, que inquiriu mais de 7 mil colaboradores. Mais de metade destes (55%) mostra-se consciente de que a aprendizagem e o desenvolvimento serão importantes para garantir o futuro da sua carreira.

Os dados revelam que um quarto dos profissionais gostaria que lhes fosse oferecida formação em IA nos próximos 12 meses, sendo esta a terceira oportunidade mais desejada, precedida de competências de liderança (24%) e de bem-estar e mindfulness (23%).

O estudo conclui ainda que quase 25% dos inquiridos declara não ter recebido quaisquer oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento nos últimos 12 meses e o número aumenta quando se consideram os operários (41%).

Ao analisar as diferenças geracionais, os dados mostram que a Geração Z valoriza actualmente a aprendizagem e o desenvolvimento, (23%) mais do que a flexibilidade no trabalho (18%) e a cultura da empresa (16%), enquanto a remuneração continua a ser de importância primordial.

O estudo mostra que os profissionais mais jovens são também os que se sentem mais dispostos a tomar medidas se as suas exigências no que toca à formação não forem satisfeitas, com dois quintos (41%) a afirmar que abandonaria o emprego se não lhes fossem oferecidas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento nos próximos doze meses.

«Percebemos que cada vez mais os empregadores procuram talento com competências em IA – a nossa própria análise dos anúncios de emprego revela um aumento de 2000% desde o primeiro trimestre», diz, em comunicado, Isabel Roseiro, directora de Marketing e Comunicação da Randstad Portugal. «A IA mostra um impacto profundo na produtividade e no desempenho geral no local de trabalho. É, no entanto, fundamental que exista um equilíbrio entre as competências exigidas pelas empresas e desejadas pelos colaboradores, por um lado, e as oportunidades de formação oferecidas, por outro. A IA veio para ficar e os nossos dados revelam que os profissionais estão prontos para adoptar esta tecnologia também para o seu próprio benefício. As organizações bem-sucedidas serão aquelas que aproveitarem as oportunidades da IA.»

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