29% dos portugueses ainda não voltou a uma discoteca ou bar

A 1 de Outubro, o Governo alterou as medidas relacionadas com a prevenção da Covid-19 e as discotecas voltaram a abrir portas. Mas, desde o regresso às pistas de dança nocturnas, será que se deram alterações nos comportamentos dos consumidores? Quais e porquê? São estas as perguntas às quais o novo estudo da Wikinight, plataforma online que funciona como guia da vida nocturna em Portugal, pretende responder.

Realizado em parceria com a Netsonda, o inquérito parte das respostas de 706 pessoas, entre os 16 e os 39 anos, para indicar que houve uma diminuição da procura por estes locais, com 64% dos inquiridos a admitir frequentar menos vezes espaços de diversão nocturna depois da pandemia e 29% a revelar não ter ainda voltado a estes espaços. As principais razões apontadas são “medo de contrair Covid-19” (59%), “receio de ajuntamentos” (53%). “Não tenho certificado e evito o processo de testagem” é a justificação apresentada por apenas 3%.

Quando chega o momento de optar por um dos vários locais a frequentar, os bares acabam por ser os mais escolhidos (84%). As discotecas ficam, assim, mais atrás, com 54%, embora uma grande percentagem assuma ir a ambos. 30% dos inquiridos afirma que frequenta estes espaços pelo menos uma vez por semana.

«É normal que as pessoas ainda se sintam um pouco retraídas em relação a aglomerados», afirma, em comunicado, Francisco Azevedo Coutinho, fundador da Wikinight. «No entanto, estes estabelecimentos, que foram tão abalados com a pandemia, regressaram em força e fizeram enormes investimentos para garantir a segurança nos seus espaços.»

Já no que toca ao comportamento dos consumidores quando saem à noite, 52% afirma que alterou os seus hábitos em termos de horários, com 36% dos inquiridos a entrar mais cedo nestes locais e 48% a sair mais cedo. Relativamente ao consumo de álcool, 63% não alterou a quantidade que consume. Por outro lado, 11% admite consumir mais álcool e 26% menos.

Outra questão relevante relacionada com as saídas à noite é o tempo de espera em filas para entrar nos espaços. Neste tópico, quase metade (46%) dos inquiridos refere que existem mais filas do que anteriormente. Ainda assim, 65% vê a obrigatoriedade de mostrar o certificado digital à entrada como um factor tranquilizador.

«Ao longo do período pandémico, os estabelecimentos nocturnos foram mudando os seus horários e serviços de forma a adaptarem-se às regras do Governo. Passaram por várias fases e o ponto em comum de todas foi a mudança de horário. É, por isso, normal que as pessoas tenham também alterado os seus hábitos», acrescenta a mesma fonte.

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