27% das pessoas já inventou planos para não sair. Que mais descobriu a IKEA sobre a vida em casa?

Os portugueses vivem, em geral, mais preocupados com as questões sócio-económicas e ambientais, comparativamente com a média de 37 países. Esta é uma das principais conclusões da 9.ª edição do estudo “A Vida em Casa”, elaborado pela IKEA, que falou com mais de 37 mil pessoas para perceber o que é necessário para transformar uma casa na nossa casa.

Com o aumento das despesas, os dados revelam os impactos significativos na vida em casa, com 1 em cada 10 pessoas a antecipar que o aumento dos custos gerais afecte momentos importantes da vida, como casar e ter filhos. Um quinto (24%) está preocupado com a segurança no emprego.

A casa é mais importante do que nunca e a verdade é que as pessoas passam agora mais tempo nas suas habitações: 1 em cada 4 pessoas (27%), por exemplo, confessa que já inventou planos para ficar em casa, e 35% sente-se mais positiva em relação à sua habitação, em comparação com o ano passado.

Neste sentido, em alturas de profunda incerteza, a casa é um lugar de conforto e segurança, e a probabilidade de as pessoas se sentirem bem na sua casa é maior quando esta reflecte a sua personalidade. Em Portugal, as pessoas que consideram que a casa reflecte a sua identidade (67%) têm o dobro da probabilidade de também a considerarem uma fonte de bem-estar mental. Ainda assim, este número cai para 56% entre os jovens, o que significa que esta faixa etária tem mais dificuldade em se rever nas suas casas.

Os elementos que mais contribuem para que as pessoas se identifiquem com o espaço em que vivem, segundo os dados nacionais, passam pelas coisas que compram (49%) para a casa e ter espaço para as suas necessidades e interesses (43%). Já as três principais frustrações estão relacionadas com ter a casa desarrumada ou suja (34%), ter de realizar tarefas domésticas (30%) e não ter um espaço exterior (27%), uma das características que tem vindo a ser mais evidenciada desde a pandemia.

A privacidade também foi um dos temas abordados e identificados pelo estudo. Cerca de metade dos inquiridos (53%) afirma que a sua casa oferece privacidade a todas as pessoas que nela vivem. Este valor cai para 23% para quem vive em quartos alugados. Talvez reflexo desta necessidade de privacidade, 7% das pessoas confessa ter trabalhado enquanto estavam na casa de banho.

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