25 anos do hotel que mudou a oferta hoteleira em Cascais
Foi a 17 de Dezembro de 1999 que o Hotel Quinta da Marinha abriu portas. Este foi o primeiro hotel do Grupo Onyria, fundado por José Carlos Pinto Coelho, que mais de uma década antes tinha começado a moldar o futuro da Quinta da Marinha com a aquisição de um terreno de 100 hectares com campo de golfe.
25 anos volvidos, o Hotel Quinta da Marinha consolida-se como um dos projectos que mais contribuiu para transformar o turismo na região de Cascais. Com mais de 200 quartos, campo de golfe e lago, entre outras facilidades, o hotel já recebeu nomes ilustres como Joss Stone, Zlatan Ibraimovic, Figo, Alex Ferguson, entre muitos outros, e tornou-se uma das referências do golfe em Portugal. Quanto ao Grupo Onyria, que celebra o 40.º aniversário, envolve hoje a segunda geração da família – José Carlos Pinto Coelho mantém-se como chairman, enquanto os seis filhos estão na estrutura do negócio – e conta com projectos nas áreas da hotelaria, golfe, restauração e saúde.
Em entrevista à Marketeer, João Pinto Coelho, director Comercial do Grupo Onyria, faz o balanço dos 25 anos do Hotel Quinta da Marinha, recordando os bons e maus momentos (como a pandemia de Covid-19), e estabelece os planos e objectivos para o futuro.
O Onyria Quinta da Marinha Hotel comemora o 25.º aniversário. Em que contexto foi construído o hotel e como veio, na altura, dinamizar a oferta hoteleira na região?
A inauguração do Hotel Quinta da Marinha, em 1999, representou um avanço significativo na hotelaria da região, ajudando a consolidar Cascais como destino de luxo e precursor no conceito de resort integrado com golfe na área de Lisboa. Isso antecipou o crescimento que veríamos nos anos 2000, quando Portugal se tornou um destino de golfe premiado e reconhecido mundialmente.
Do que mais se recorda do dia da inauguração?
Recordo-me do enorme esforço que foi feito para abrir o hotel na data de inauguração, quando poucos acreditavam que fosse estar pronto. A festa foi, sem dúvida, uma alegria e também uma descarga grande de energia.
Quais os momentos altos e baixos ao longo destes 25 anos? Que balanço?
Tivemos vários momentos marcantes ao longo destes 25 anos mas, sem dúvida, que as três remodelações do hotel – em 2007, 2014 e 2020 –, foram momentos altos, porque actualizámos e modernizámos o resort e vimos o impacto positivo e feedback dos nossos clientes.
Quanto ao momento mais baixo foi o período de pandemia, porque estivemos demasiado tempo sem clientes no hotel ou com taxas de ocupação abaixo dos 10%.
Que ações, campanhas ou eventos foram ou serão criados para assinalar os 25 anos desta unidade hoteleira?
Fizemos uma celebração para os parceiros mais antigos e uma grande festa para os nossos colaboradores. Adicionalmente, fizemos também a já tradicional festa de fim de ano, que foi a maior de sempre, estendendo-se à Lake House e incluindo fogo-de-artifício.
O Onyria Quinta da Marinha Hotel tem, desde a sua génese, uma forte ligação ao golfe. Este é hoje o principal segmento desta unidade? Quanto representa nas receitas do hotel?
O grupo sempre teve uma forte ligação ao golfe, que está quase a celebrar 40 anos. Desde que o hotel abriu, temos sempre uma fatia significativa de clientes golfistas de várias partes do mundo. O golfe chega a representar 30% das nossas receitas e os principais mercados são o Reino Unido e Norte da Europa.
Que balanço faz do ano de 2024 para o Onyria Quinta da Marinha Hotel? E que previsões para 2025?
O ano 2024 foi muito bom para o Onyria Quinta da Marinha Hotel porque os nossos três principais segmentos (encontros corporate, famílias & casais e golfe) funcionaram bem.
Conseguimos um incremento de cerca de 7% face ao ano anterior no Onyria Quinta da Marinha e um aumento de quase 20% no total do resort (que inclui, ainda, o Onyria Marinha Boutique Hotel e as Villas).
Quanto a 2025, é difícil de prever. A tendência “last minute” está cada vez mais forte, o que dificulta muito o exercício de previsão. Temos alguns bons indicadores das reservas que já temos e a marca Portugal continua a crescer nos mercados internacionais, mas ainda é muito cedo para nos assumirmos como optimistas ou pessimistas.
Quais os planos para os próximos 25 anos?
Somos uma empresas familiar, pelo que o nosso objectivo é entregar o hotel à próxima geração melhor do que o encontrámos. Vamos continuar a melhorar o produto para se manter actualizado e dentro das tendências, mas sem nunca perder o ADN da nossa marca e o serviço personalizado do qual nos orgulhamos.
Texto de Daniel Almeida
*O jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico