2014 foi bom para o retalho em Portugal

O volume de negócios do retalho, em Portugal, no último ano, chegou aos 39,2 mil milhões de euros. Todavia, se os resultados parecem ter sido positivos em 2014, este ano avizinha-se menos optimista.

Os dados são de um estudo elaborado pela Gfk e que conta com a análise de 32 países europeus. A empresa de estudos alemã avaliou factores como o poder de compra ou a inflação para perceber como vai o retalho na Europa. A conclusão aponta para um cenário geral com bons indicadores mas com previsões algo negativas para Portugal.

Para 2015, o volume de negócios no sector deve diminuir, face a 2014, tendo em conta o panorama europeu em que Portugal se insere. De acordo com os dados da Gfk, embora os portugueses tenham dedicado 35% das suas despesas privadas ao retalho, a tendência não se repetirá durante este ano.

Quanto a dados gerais, o estudo revela que, em 2014, o poder de compra dos consumidores da União Europeia ascendeu aos 7,75 triliões de euros disponíveis para gastos ou poupanças. Relativamente ao poder de compra médio per capita, registou-se um aumento de 2,5%, subindo para 15.360 euros.

A previsão de volume de negócios está estreitamente relacionada com o crescimento do comércio online. Com o digital a tomar caminho e a atrair cada vez mais clientes, os pontos fixos de venda a retalho vão sentir um abrandamento, sendo que, para 2015, a previsão de crescimento fica pelos 0,5%, na zona de países da EU-28.

O estudo da Gfk indica ainda que os preços ao consumidor aumentarem 0,6% em 2014 e que para 2015 a taxa de inflação prevista é de 0,2%, embora a União Europeia fale até em cenários de deflação.

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