20% dos ginásios fecham em 2011

ginasioMais de 20% dos 1.200 ginásios existentes em Portugal estão em risco de fechar em 2011. O alerta é dado pela Associação Nacional de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP) depois de um estudo realizado junto do sector. De acordo com o documento, o mercado do fitness está em quebra desde o início de 2010, mas acentuou-se em Outubro do ano passado com a redução de 10% de sócios.

No inquérito realizado em Junho pela AGAP uma grande cadeia nacional registou quebras de 18% na facturação e de 10% em clientes no espaço de um ano. No mesmo período, um operador de um clube de Lisboa perdeu 22% dos membros e mais de 30% da facturação, enquanto uma cadeia de média dimensão reduziu as vendas em 50% e duas grandes cadeias do sector fecharam em conjunto 10 espaços.

A AGAP considera que estes números «exigem medidas para travar esta queda abrupta no sector e considera urgente suspender o último oficio das Finanças nº 30.124, de 11/02/04, por forma a ser feita uma análise mais detalhada dos factos económicos e do seu impacto». A APAP garante que «existe o risco evidente para 200 a 300 clubes em Portugal encerrarem este ano». O estudo afirma que o sector não tem margem para reflectir os aumentos do IVA nos clientes, dada a conjuntura económica. Isto porque os principais custos mantêm escalada de subida (rendas, juros, água, luz e gás, entre outros). Além de que Portugal tem uma das mais baixas taxas de penetração de fitness (5,6%) e das mais altas taxas de IVA da Europa. Uma «absurda diferenciação entre pagar 6 por cento de IVA para ver um jogo de futebol e 23 por cento para uma criança aprender a nadar», comenta a AGAP. Até porque a associação acredita que o mercado do fitness «pode ter a possibilidade de contribuir para melhorar as condições económicas do País, pela diminuição dos custos com a saúde, criação de postos de trabalho e agindo na prevenção e melhoria da qualidade de vida».

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