«As crianças não são simples consumidores passivos de media»
A afirmação é de David Buckingham, especialista em educação para os media, que assevera também que a literacia para os media se desenvolve a par e passo com a sua utilização. Todavia, há “lições” que ainda é preciso dar às crianças…nomeadamente sobre a estrutura económica por detrás de toda a indústria mediática.
O orador principal do 6.º Seminário de Marketing Infantil organizado pela Brandkey em parceria com o IPAM – que decorre a 7 de Abril, na Casa da Música, sob o mote “Criatividade em Tempos de Crise” – falou à Marketeer, por antecipação, sobre a utilização dos media por parte das crianças.
Compreender a linguagem dos media e a forma como representam o mundo – abordagem que é já seguida em países como o Reino Unido -, bem como conhecer as organizações que os detêm e produzem… esse é, segundo David Buckingham, o papel da educação para os (diferentes) media.
Já coordenou mais de 20 estudos sobre a interacção de crianças e jovens com os media electrónicos. É visível alguma diferença nas características dessa interacção ao longo do tempo, considerando tanto a era televisiva como a digital?
Os media digitais oferecem novas oportunidades para crianças e jovens interagirem de forma activa com os media, e para se expressarem perante uma audiência mais alargada. Porém, as pesquisas têm demonstrado, de forma crescente, que as crianças não são, em nenhum caso, simples consumidores passivos de media – tecem juízos críticos e desenvolvem interacções mais complexas do que geralmente se assume.
Actualmente, que tipo de utilizações fazem as crianças e jovens dos diferentes tipos de media?
As crianças e jovens estão a utilizar um conjunto mais alargado de media, sobretudo com o advento das tecnologias digitais. Mas os media “tradicionais”, como os livros e a televisão, não desapareceram de forma nenhuma – as crianças têm, agora, um repertório de media mais alargado de escolhas, e um número maior de possibilidades de interacção.
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