Slang – marca pela diferença

Aqui há cadeiras de veludo verde que contrastam com um mural gigante d’ OSGEMEOS, resgatado a uma carrinha; há um menu de fusão de diferentes culturas – entre a brasileira ou a peruana –, que se casam com cocktails de autor, e música que tanto pode chegar de um incrível saxofone como do prato de um DJ. Tudo isto é Slang, o novo restaurante do grupo Coma, de Lourenço Pestana, Pedro Sotero e Pedro Ferreira, e que se vem juntar aos já existentes Ordinário e Cotidiano.

Os três são amigos de infância, da Madeira, e ainda em 2016 começaram por explorar tuc-tucs em Lisboa. Sabiam que não seria para a vida e, como também os três sempre gostaram de comer e tinham paixão pela comida e gastronomia – se bem que Lourenço tem formação na área hoteleira –, avançam em 2017 com a abertura do primeiro conceito de poke em Portugal. Em 2019 criam o Cotidiano, formatado para brunchs, e meses mais tarde o Ordinário, no Cais do Sodré.

Agora, mais propriamente desde meados de Janeiro, apresentam o terceiro conceito que é um mix dos dois – naquela que também é sala de pequenos-almoços do Pestana Vintage. «O Slang é uma junção dos dois conceitos anteriores e o que queremos, acima de tudo, é que as pessoas se sintam bem aqui», partilha Lourenço Pestana.

A carta criada pelo brasileiro Ruan Meirelles é variada, sim, num ajuste ao espírito punchy da cultura artística que inspira o espaço. Por isso, não estranhe se lhe propuserem para abrir hostilidades uma bruschetta de tomate assado ou um halloumi grelhado com mel e lima, um taco de tártaro de salmão ou um húmus roxo ou, ainda, sandes no pão de forma com bacalhau à capixaba panada e molho de lima e mel que é de aplaudir. Sim, quando falava em variedade, era isto.

Continuamos? Se quiser comfort food, pode avançar para umas almôndegas no forno com molho de tomate e ricota, um polvo com puré negro e alecrim ou uma lasanha na chapa. E se a fome apertar ou falar mais alto, há entrecosto e polenta, servido com batata frita e um húmus roxo, assim como o Ordinário Burger que se traduz em 150 gr. de hambúrguer de acém ou vegan “Beyond-Meat”, queijo mozzarella, queijo cheddar, pesto, cebola frita e maionese de kimchee acompanhado com batata frita rústica.

A felicidade remata-se com as propostas mais doces. A saber: mousse de chocolate com CBD e amêndoas laminadas e tostada, um petit gâteau de doce de leite com banana caramelizada e uma tarte de lima merengue com lascas de coco tostadas.

Para já, o Slang está aberto apenas entre as 12h e as 16h. O plano, em Março, é alargar o horário até à 1h. Ah, caso lhe apeteça apenas ir beber um copo, ouvir boa música e ver o grande mural pintado pel’OSGEMEOS (Gustavo e Otávio Pandolfo), também pode. Claro.

É na Rua Mouzinho da Silveira, bem perto do Marquês do Pombal, em Lisboa.

Texto de M.ª João Vieira Pinto

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