Sabe aquela inveja boa? É no Envy

Se procura uma noite divertida, com animação além da do seu grupo de amigos, o Envy, junto ao Cais Sodré, é definitivamente uma opção a colocar em cima da mesa. Desde o momento que chegámos ao restaurante à beira Tejo instalado sentimos que todas as mesas estavam em festa connosco.

Antes da abertura das hostilidades, as bebidas! Como não consumo álcool sugerem-me o Envy Health, um mocktail com maçã verde. Provei, gostei e segui caminho. A acompanhar-me uma pessoa mais normal. Apreciadora de bebidas com álcool. Sugerem-lhe uma sangria de maçã verde com maracujá. Sugestão aceite e um jarro na mesa que a promessa é de animação e por cá não há lei seca. As mesas à nossa volta ficam curiosas com aquela opção de frescura e começam também a pedir. Quando demos conta, todas as mesas bebiam o mesmo.

Entretanto e já depois de informarmos que não havia intolerâncias entre os comensais, chegava à mesa o couvert de bolo do caco com manteiga de alho, pão de Mafra, manteiga de camarão e mousse de queijo com ervas aromáticas. Tentamos não abusar porque suspeitamos que o resto da refeição nos vai dar luta.

Avançamos confiantes nas entradas. As gambas à guilho com cabeça e rabo mostram-nos que se pode fazer diferente. Aqui não encontramos o à guilho tradicional, mas sim com um molho mais espesso e parece mais atomatado. O pãozinho de Mafra vai desaparecendo com o molho que de tão guloso não nos permite parar.

Seguimos destemidos para o Carpaccio de atum, manga e cebola roxa. Um casamento que se revela perfeito com a frescura da manga e a acidez da cebola.

Ainda no capítulo “entradas”, uma de carne em modo Tártaro que apetece repetir. A acompanhá-lo, uma tosta super crocante e nada humedecida pela carne como não raras vezes acontece.

Entretanto, no palco da esplanada por onde o Envy se estende surge a dançarina Jaqueline Bettencourt que nos brinda com um espectáculo de dança do ventre. Animação não falta, seja com a música alegre que acompanha o espectáculo, seja com as músicas que o MC coloca nos restantes momentos do repasto.

Para limpar o palato, os simpáticos e atenciosos empregados trazem à mesa um shot de vodka e maracujá (um com e um sem álcool que por aqui não é preciso estar sempre a lembrar as restrições).

Era chegada a hora da prova de fogo: o T-bone maturado com arroz de alho, batata a murro e salada. Há que dar o devido crédito ao arroz, tantas vezes o parente pobre de uma refeição com excelente carne, até porque este merece honras de estrela parecendo ter sido frito com alho e, depois de terminado, ter ido ao forno para tostar. A carne, essa, não a esperávamos de outra forma que não fosse irrepreensível, ou não fossem as carnes matutadas uma das coqueluches do menu. Pedimo-la no ponto médio mal (para não perder os sucos) e assim nós deliciámos até ao último pedaço que por aqui somos pelo zero desperdício.

Já só tínhamos estômago para a sobremesa, mas o que não esperávamos era que nos brindassem com um rodízio nesta fase da refeição. À mesa chegou o Snickers (paçoca e creme de caramelo com cornflakes), o Tiramissú (bolacha champanhe, creme de mascarpone e café), o In Rio (espuma de maracujá, calda de manga e gelado de maçã verde) e o Lingote Cítrico (creme de laranja com geleia de toranja rosa e gelado cítrico). Entre os dois primeiros teremos de voltar para o tira teimas de qual é o nosso eleito.

Texto de Maria João Lima

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