Quer viajar até ao Líbano? Vá ao Barouk  que não se arrepende

Barouk é o nome de uma vila localizada na região do Chouf, no Líbano. Mas Barouk é agora, também, um restaurante que, com os seus pratos, nos transporta para aquele país a partir do Lx Factory, em Lisboa. Pelo menos, foi assim que nos sentimos quando lá fomos e iniciámos a viagem de sabores tão fiéis a geografias que não a nossa.

O projecto foi co-fundado pelos grupos de restauração Factory e Sushi Café, sendo que para que tudo acontecesse sem beliscões de paladar toda a carta que agora se senta à mesa foi criada pelo chef libanês Joseph Youssef que por ali esteve, algum tempo, e que a afinou com os chefs consultores Alexandre Sarmento e Tomás Pires, do projeto The Good Collective.

A ideia primária é que o Barouk se assuma na cidade como um restaurante que celebra a riqueza e a diversidade da cozinha e da cultura libanesas. E, isso, garantimos, não deverá demorar muito a consegui-lo. Porque quando há honestidade no trabalho, os resultados chegam.

O conceito do espaço – com sala interior e esplanada – é completamente cool, despretensioso, moderno, com elementos e cores que nos remetem para o Líbano. A música toca alto e diz que aos fins de tarde de sexta e sábado, há mesmo Dj.

Na carta, o que começa por chamar a atenção desde logo são as entradas, para partilhar. E, pois claro, foi mesmo por aí que começámos – aliás, começámos, continuámos e acabámos que a tentação de ir experimentando foi-se alimentando até ficarmos satisfeitos. Iniciámos então a viagem com o Hummus Barouk, em jeito de hummus de grão com pickle de penino, grão, salsa picada, azeite e pão pita, que estava perfeito. Mas, mais perfeito, ainda, foi a senhora que se seguiu, a Baba Ganoush, traduzida em pasta de beringlea assada, tahini, óleo de salsa, canónigos e romã. Aplauso que já descolámos há uns bons minutos.

Depois, ainda, chegou, e bem, o belo do falafel de grão de bico e molho de sésamo e limão, o chamado Tarator. E, aqui, dissemos novamente, que maravilha. O sabor é tranquilo, a massa fina, a fritura perfeita.

Ainda derivámos no extraordinário Tabouleh – que é sempre bom ter alguns legumes à mesa – feito de bulgur, tomate, cebola, salsa, hortelã, limão, azeite e folhas de alface. E fechámos esta rota de sabores com os Rakakat, uns belos rolos de queijo frito com mel e sementes de sésamo.

Ainda há espaço para ir aos pratos principais? Pois, já não havia – o que não faz mal, que nos obriga a ter que voltar. Mas apenas para que saiba que pode seguir em frente com pizzas libanesas, ou Pitas (de novilho, borrego, frango ou veggie).

Sobremesas há três e, claro, que quisemos terminar viagem com uma delas. Entre a Baklava, os Pita churros ou o Tiramisu libanês, optámos pelo terceiro e agradecemos aos deuses pela sua combinação de biscoito com café, creme mascarpone e licor de laranjeira mais creme de pistáchio e pistáchio crocante a finalizar.

A carta de bar tem assinatura de Diogo Lobo, e complementa a experiência através de cocktails de autor, criações únicas com especiarias e infusões orientais. No nosso caso, e como se seguia uma tarde intensa de trabalho, fomos mesmo pela água.

Segundo os responsáveis, o espaço foi pensado para enquadrar elementos da cultura libanesa num contexto industrial como o Lx Factory. Diria que foi bem conseguido.

O restaurante tem esplanada e uma mesa para grupos e está aberto de domingo a quinta-feira entre as 12h e a meia-noite e às sextas-feiras e sábados entre as 12h e a 1h da madrugada.

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